“Viemos de duas renúncias e não temos ninguém na linha sucessória, por isso, convoquei uma reunião com todos os meus secretários para me trazerem alternativas”, disse

Foto: Lívia Barbosa | Jornal Opção
O governador Ronaldo Caiado (DEM) comentou nesta sexta-feira, 20, o pedido de renúncia do reitor interino da UEG, Ivano Alessandro Devilla. Ele ocupava o cargo desde abril deste ano, após o então reitor Haroldo Reimer ter pedido afastamento. “A autonomia tem que ser resguardada”, defende.
“Viemos de duas renúncias e não temos ninguém na linha sucessória, por isso, convoquei uma reunião com todos os meus secretários para me trazerem alternativas”, disse o governador. A reunião será realizada nesta sexta-feira, 20. “É fundamental que a gente discuta qual é o caminho da UEG, sempre lembrando que a nossa gestão tem que obedecer a regras constitucionais”, explica Caiado.
Mas já tranquilizo, não será fechada nenhuma sala de aula da UEG e teremos vestibular em 2020
Sobre a situação da Universidade Estadual de Goiás (UEG), o governador destacou que por conta de sua formação e atuação política, sabe o que reza a Constituição que é a autonomia administrativa, financeira e curricular das universidades. “Mas o que sempre causou estranheza é que, em Goiás, a UEG sempre teve uma vertente dependente do governador, o que é uma situação inconstitucional”, declara.
“O que nós assistimos em Goiás foi uma universidade onde dois reitores foram presos por desvios de verbas, o que renunciou a pouco mais de dois meses estava envolvido no desvio de verbas do Pronatec. Então, quer dizer, a que ponto chegou nossa universidade?”, questiona Caiado.
O governador também questiona se as indicações de abertura de cursos foram feitas a partir da decisão do Conselho Superior ou por questões eleitorais. “Mas já tranquilizo, não será fechada nenhuma sala de aula da UEG e teremos vestibular em 2020. Vamos fazer com que a UEG tenha uma função universitária com a responsabilidade de qualificar cada vez mais nossos jovens e ofertar cursos com qualidade”, conclui.
Confira a carta do reitor interino da UEG, Ivano Alessandro Devilla, que renunciou ao cargo nesta quinta-feira, 19.

Foto: Reprodução
A UEG, tem que se reorganizar. Nenhuma universidade se sustenta na atividade com este constante imbróglio. A qualidade do ensino já anda ruim, precisando ser reformulado em quase sua totalidade, e até agora sobreviveu em crises. A comunidade universitária tem que agir unida e falar mais alto que este governo e demonstrar sua autonomia.