Apurações serão concentradas na suposta adulteração de contratos para compra de vacinas contra covid-19

Presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid inicia o trabalho da segunda etapa das investigações nesta semana. Depois de duas semanas de recesso, os senadores voltam a se reunir para dar seguimento às apurações sobre atrasos na compra de vacinas, propostas de imunizantes recusados e contratos com suspeitas de irregularidades.

Até aqui, foram três meses de investigações e oitivas de testemunhas. Em primeiro momento, as apurações foram concentradas no motivo de recusa dos imunizantes oferecidos no ano passado ao Brasil. No entanto, com os indícios de irregularidades em contratos que vieram à tona, o desafio é comprovar as acusações que surgiram na primeira etapa.

As principais inconsistências foram encontradas nos contratos firmados entre Ministério da Saúde Precisa Medicamentos. Além disso, os atos do governo federal no combate à pandemia também estão em investigação.

A previsão é que, nesta semana, sejam ouvidos: Reverendo Amilton, que teria negociado a venda da vacina AstraZeneca em nome do governo brasileiro; Coronel Marcelo Blanco, que participou de um jantar onde supostamente teria ocorrido pedido de propina; e Airton Cascavel, que é próximo ao ex-ministro Eduardo Pazuello e teria atuado no Ministério da Saúde sem cargo oficial.