Após publicação de orçamento, deputados cobram que Caiado efetue pagamento de dezembro

21 fevereiro 2019 às 09h57

COMPARTILHAR
Parlamentares da oposição afirmam que não há mais desculpas para não quitar folha de servidores
Por Leicilane Tomazini

A Comissão de Tributação, Finanças e Orçamento da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) realizou na quarta-feira, 20, a primeira reunião ordinária, em que foi pautada a distribuição, discussão e votação de projetos de lei. Na ocasião, o deputado estadual Talles Barreto (PSDB) criticou a base governista, e afirmou que com a publicação do orçamento, não há motivos para o governador não pagar a folha de dezembro aos funcionários.
“Eu quero ver a base deles funcionar, ele (Ronaldo Caiado) reclamava que não tinha orçamento, o orçamento foi publicado, com vários vetos, mas foi publicado”, afirmou o parlamentar. Talles Barreto declara, ainda, que falta solidez no governo, segundo ele, a oposição tem coesão, já base do governo não está consolidada, e alguns deputados reclamam que falta posicionamento da atual gestão. “Eu não vejo isso com firmeza, quem é governo, mas quem é oposição, sim!”, enfatizou o deputado.

O deputado Lucas Calil (PSD) também cobrou do governador Ronaldo Caiado a quitação da folha de dezembro aos funcionários públicos estaduais. Durante a sessão, o parlamentar foi categórico ao afirmar que o dinheiro para o pagamento existe, o que falta é gestão. O deputado afirmou, ainda, que o governo está sendo negligente, uma vez que os projetos de transição enviados à Assembleia pelo governo de Caiado garantiram mais de R$ 3 bilhões aos cofres públicos.
O orçamento do governo para 2019 foi publicado no Diário Oficial do Estado de Goiás na terça-feira, 19. A partir desta publicação, o governo já pode operar e a administração está liberada para empenhar as despesas. Após as considerações dos deputados na sessão de ontem, a Comissão de Tributação, Finanças e Orçamento realizará uma reunião na próxima semana com o objetivo de discutir os vetos e emendas parlamentares referentes à Lei Orçamentária Anual para o atual exercício. A ideia é debater o assunto antes que os vetos sejam colocados na pauta para votação, pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ).