Após massacre, Lula envia cúpula federal para reunião emergencial com governador do Rio
29 outubro 2025 às 18h06

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Diante da repercussão nacional e internacional da megaoperação policial no Rio de Janeiro que deixou, ao menos, 120 mortos, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), determinou, nesta quarta-feira, 29, o envio imediato do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, à capital fluminense.
A missão é reunir-se com o governador Cláudio Castro (PL) ainda nesta quarta-feira, para discutir os desdobramentos da ação conduzida pelas forças estaduais.
Segundo Lewandowski, Lula ficou “estarrecido” com o número de mortes e demonstrou surpresa com a dimensão da operação, que teria sido realizada sem o conhecimento prévio do governo federal. “O presidente quer entender o que aconteceu e avaliar como o Executivo pode agir para apoiar o povo do Rio de Janeiro, que foi duramente atingido”, afirmou o ministro.
A reunião com o governador tem como objetivo alinhar estratégias e oferecer suporte federal. Entre as medidas já anunciadas, está a disponibilização de vagas em presídios federais de segurança máxima para isolar lideranças criminosas, além do envio de peritos e médicos legistas para identificar os mortos e apurar se tinham vínculos com facções.
Lewandowski também mencionou a possibilidade de reforçar o efetivo da Força Nacional de Segurança Pública, que já atua no estado desde 2023. “Vamos procurar minimizar o sofrimento da população, apoiar as forças de segurança e intensificar o combate às organizações criminosas”, declarou.
O ministro destacou ainda os recentes avanços da Polícia Federal no enfrentamento ao crime organizado, como a desarticulação de quadrilhas de tráfico de drogas e armas, incluindo o fechamento de uma fábrica clandestina com capacidade para produzir até 3.500 fuzis de alto calibre.
A Polícia Rodoviária Federal, que já atua nas rodovias do estado, também poderá ter seu contingente ampliado. “É uma situação complexa, não existe solução mágica. Mas o governo federal está comprometido em agir com responsabilidade e firmeza”, concluiu Lewandowski.
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