Após denúncia de tortura, detentos são transferidos do Complexo Prisional
10 abril 2020 às 11h34

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Os quatro presos eram advogados que relataram as situações abusivas em carta direcionada para a OAB-GO

De acordo com denúncia feita pela Revista Veja na última semana, quatro advogados presos no Núcleo de Custódia de Aparecida de Goiânia informara à Ordem dos Advogados do Brasil em Goiás (OAB-GO) que presos vivem em constante tortura. Um deles, teria sido o médium João de Deus, de 77 anos, que teria sido espancado dentro da unidade. Após a divulgação da situação, o coronel Agnaldo Augusto da Cruz, diretor-geral da Administração Penitenciária, determinou a transferência dos quatro detentos.
Segundo a direção da unidade, uma série de procedimentos para apurar os fatos foram iniciadas após as denúncias. Adelúcio Lima Medo, José Roberto de Sá, Luiz Carlos de Souza Lima e Charles Sandre Leopoldino afirmara em carta enviada à entidade que viram por diversas vezes “presos, algemados, totalmente imobilizados e sofrendo agressões físicas”. Eles informaram que os presos são “batizados” com “pancadaria e gás”.
Além da tortura, os detentos contam que vivem em más condições, que as celas não possuem janelas ou ventilação, os banheiros não tem torneiras e as tubulações de esgotos estão danificadas, ocasionando em infestações de ratos, baratas e escorpiões. Ainda de acordo com a denúncia divulgada pelo veículo de comunicação, os motoristas dos camburões dirigem em ziguezague para machucar os presos algemados dentro dos carros.
João de Deus, que havia sido condenado por abuso sexual e era uma das vítima de agressão foi autorizado a cumprir a pena em regime domiciliar por fazer parte do grupo de risco da Covid-19.