Após 46 dias, alunos deixam colégio em Aparecida e chega a onze número de escolas desocupadas
30 janeiro 2016 às 17h01

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Diretor do Centro de Ensino em Período Integral Cecília Meireles recebeu as chaves das mãos dos estudantes e informou que as aulas se iniciam já na próxima semana

Ao contrário da desocupação do Colégio Estadual Ismael Silva de Jesus, na segunda-feira (25/1), a saída dos alunos do Centro de Ensino em Período Integral Cecília Meireles se deu de maneira pacífica. Após 46 dias de ocupação, os alunos, que seguem contrários à gestão compartilhada com as organizações sociais, entregaram as chaves ao diretor da unidade na última quinta-feira (28/1).
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Segundo o diretor na unidade, Eudemar Paz, já foi realizada vistoria na unidade e as matrículas foram iniciadas na sexta-feira (28). As aulas no Cecília Meireles, que tem cerca de 400 estudantes matriculados, se iniciam já na próxima semana. Eudemar acrescentou ainda que “A escola voltou para a comunidade de forma pacífica e sem problema nenhum”.
Agora, são onze escolas desocupadas no Estado. Em Goiânia, além do Ismael Silva, não há mais ocupação no Robinho Martins de Azevedo, Professor Pedro Gomes, Cora Coralina, Presidente Castelo Branco e no Bandeirante. Em Aparecida de Goiânia, onde fica o Cecília Meirelles, já funcionam normalmente o Nova Cidade, o Rui Barbosa e o Villa Lobos. Uma outra escola, a Presidente Costa e Silva, de São Luís de Montes Belos, fecha a lista.
Na maioria dos casos, a desocupação ocorreu em ato voluntário ou por interferência de pais e alunos, que foram até os locais pedir a saída dos grupos a fim de que as aulas se iniciem. Nove das demais escolas onde ainda há manifestantes deverão ser desocupadas em breve, já que tiveram liminares de reintegração de posse expedidas pela Justiça.
Organizações sociais
O projeto de implantação de gestão compartilhada com organizações sociais em unidades educacionais está em pauta na sociedade goiana desde o início de 2015, quando o governador Marconi Perillo tomou posse e anunciou a proposta. Desde que conseguiu formatar um arcabouço jurídico a partir do qual era possível partir para um debate, a Secretária Raquel Teixeira vem criando situações de diálogo com a sociedade e o governo tem difundido esclarecimentos sobre o projeto em todos os meios de comunicação.
Raquel Teixeira explica que a lei permite que hoje a oferta do serviço público, seja de saúde, educação, cultura, meio ambiente e ciência e tecnologia, seja feita de forma direta ou indireta. “É isso o que o Governo de Goiás está fazendo, testando em 23 escolas esse novo modelo de gestão”, argumentou ela.