Projeto é idealizado pela primeira-dama de Goiânia e pré-candidata à Câmara Federal, Dona Íris (MDB)

Foto: Fernando Leite/Jornal Opção

Abandonado há quase 10 anos, o projeto do complexo cultural apelidado de “Casa de Vidro” será finalmente retomado pela Prefeitura de Goiânia. A ordem de serviço vai ser assinada pelo prefeito Iris Rezende (MDB) na manhã desta quinta (5), durante solenidade no Paço municipal.

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O evento será às 9 horas, com a presença da primeira-dama e pré-candidata à Câmara Federal, Dona Íris (MDB), idealizadora do projeto e responsável pela emenda constitucional que permitiu a viabilização dos recursos ainda quando era deputada.

Localizado na Avenida Jamel Cecílio com Av. E e Rua 52, no Jardim Goiás, o espaço será destinado a atividades culturais e artísticas, terá três pavimentos e mais de dois mil m² de área construída.

Conforme mostrou o Jornal Opção em julho do ano passado, o local acabou virando ao longo dos anos abrigo para moradores de rua e estacionamento para vizinhos e trabalhadores da região.

De acordo com o contrato firmado com a vencedora da nova licitação, a Geo Engenharia, os trabalhos devem ser concluídos em 12 meses. Os recursos são uma parceria entre Ministério do Turismo, Prefeitura de Goiânia e Caixa Econômica Federal. A Secretaria Municipal de Cultura administrará a unidade.

Histórico

O projeto da Casa de Vidro foi anunciado no fim da última gestão de Iris à frente da prefeitura, em 2008. Previa-se para a obra uma cúpula de vidro, com formato elipsoide com mais de 13 metros de altura; e um salão multiuso acoplado, que seria revestido com lâminas de alumínio inspiradas nas escamas do fruto do buriti. A obra nunca saiu do papel.

O complexo cultural (como foi chamado à época) foi orçado em quase R$ 4 milhões e os recursos para a construção viriam de emenda parlamentar proposta pela então deputada federal Dona Íris (PMDB) — derrotada à reeleição em 2014 e, hoje, primeira-dama da capital.

Maquete do que seria a Casa de Vidro | Foto: reprodução

A emenda foi feita junto ao Ministério do Turismo em 2008. Contudo, o primeiro repasse foi realizado apenas em 2011, visto que Iris deixou a prefeitura para disputar (e perder) o governo de Goiás em 2010. A obra só foi autorizada no final daquele ano, pelo então prefeito Paulo Garcia (PT).

Uma reportagem do Jornal Opçãonaquele ano mostrou que a construção começou, mas parou quando a empreiteira contratada por licitação decidiu deixar o projeto. A empresa, segundo consta, afirmou ter “dificuldades” para execução do complexo.