Apesar do atraso, Fazenda nega calote a servidores públicos
15 janeiro 2019 às 16h58

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Governo reiterou diversas vezes que salário será pago, apenas não informou data da quitação. Servidores mantém preocupação e se veem “desassistidos”

A Secretaria da Fazenda negou mais uma vez que o Estado de Goiás dará calote na folha de pagamento de dezembro dos servidores, ou seja, a folha não empenhada de dezembro de 2018. A Pasta já liberou R$ 255 milhões, no dia 10 deste mês para sete órgãos, e esse valor corresponde a 21% da folha total do funcionalismo estadual de dezembro.
“A possibilidade de não pagamento para os servidores do Executivo não existe até porque a folha já foi quitada para os demais Poderes e órgãos que estavam com o empenho realizado, como determina a lei”, afirma a secretária Cristiane Junqueira Schmidt.
“Essa história de calote é mentira. O Estado está é estudando formas de como fazer o pagamento da folha que não foi empenhada pelo governo anterior, como deveria ter sido feito. Legalmente, a Secretaria da Fazenda não pode fazer o pagamento infringindo a lei. Nós vamos pagar o salário de dezembro de 2018 sim, mas vamos pagar dentro de um planejamento prévio que será comunicado à sociedade assim que o tivermos”, assegurou a secretária Cristiane Schmidt em entrevista nesta terça-feira, 15.
A secretária explica ainda que a solução para a liberação da folha virá após reunião com a missão do Ministério da Economia, que está em Goiânia para analisar o Orçamento do Estado de 2019, que deve ter déficit estrutural estimado aproximadamente de R$ 3 bilhões.
Um casal de moradores da região sul de Goiânia, ambos servidores do Executivo e que não quiseram se identificar, falaram ao Jornal Opção que acompanham o assunto com cautela, porém se enxergam como “desassistidos”.
“O Legislativo e o Judiciário já receberam seus salários, mas nós do Executivo estamos aqui, sem salário e com contas atrasadas. Sabemos que a culpa não é do novo governo, porém essa questão deveria já ter sido resolvida como uma das prioridades do governador, pois estamos com contas atrasadas e nos sentindo desassistidos”, afirmou um dos entrevistados pela reportagem.