Apesar de manutenção de calendário do Enem, profissionais da educação cogitam possível adiamento

Manutenção de datas causa polêmica entre secretários de Educação e Conselho Nacional. Em Goiânia, profissionais da Educação não descartam uma remarcação das provas

Apesar da pandemia do coronavírus, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou a manutenção do calendário do Enem, neste ano. Ainda, a pasta também anunciou novidades, com a possibilidade dos candidatos realizarem a prova de forma digital.

Com diversos posicionamentos contrários ao do ministro, como do Conselho Nacional de Educação (Consed), que acredita que essa manutenção de data irá ampliar as desigualdades entre os participantes, além de diversos secretários de Educação, profissionais da Educação em Goiânia, ainda cogitam uma possível alteração de datas.

Para a conselheira Luciana Cândida Carniello, gerente de Preparo Processual do Conselho Estadual da Educação, a competência sobre a aplicação é do Ministério da Educação. “O Conselho trabalha com a data divulgada e que espera que a pandemia não obrigue o adiamento do Enem. O Conselho trabalha com o planejamento de que a suspensão das aulas presenciais dure até o final de abril, conforme as resoluções mais recentes” falou. Porém, Carniello ressaltou que o cenário muda todos os dias.

Para o coordenador do ensino médio e pré-vestibular do colégio Dinâmico, Ademar Pascoal, a data foi mantida apenas como obediência a um calendário pré-estabelecido. “No decorrer do tempo, deste semestre, pode haver alguma alteração. Inclusive pelo fato das provas terem que reunir pessoas para elaborar elas, fazer vistoria nas escolas, onde elas serão realizadas, a logística de distribuição, tudo isso vai ser afetado se esse processo do coronavírus demorar muito. Acredito que foi apenas para manter o calendário. O fato de realizar as inscrições não interfere em fazer alterações posteriores”, pontuou.