Apenas três deputados participam de visita técnica no Hugo 2
06 maio 2014 às 13h53
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Intenção era mostrar andamento das obras da nova unidade de atendimento. Previsão é que o hospital seja lançado neste semestre, mas sem data definida
Três deputados da base aliada e quatro vereadores por Goiânia compareceram à visita técnica ao Hospital de Urgências de Goiânia, o Hugo 2, na Região Noroeste da capital na manhã desta terça-feira (6/5). O convite aos parlamentares e outras autoridades foi do presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas (Agetop) e da Agência Goiana de Comunicação (Agecom), Jayme Rincón, e pelo titular da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Halim Girade. Da Assembleia Legislativa estiveram Helio de Sousa (DEM), que coordenou a visita, Talles Barreto (PTB) e Elias Junior (PMN) –– todos da base, mas nenhum é tucano. Já da Câmara Municipal foram Anselmo Pereira, Cristina Lopes, Dr. Gian e Thiago Albernaz, todos do PSDB. Em um auditório com dois telões e cadeiras de plástico, Jayme listou as obras que estão sendo feitas pela Agetop e que poderão ser inauguradas neste ano, especificamente na Região Metropolitana, como a duplicação de rodovias, a construção de viadutos nas saídas da capital e a iluminação do perímetro urbano da BR-153. O presidente da Agetop ficou incumbido de fazer um discurso duro. “As obras federais em Goiás estão paralisadas ou em ritmo lento e a Prefeitura de Goiânia dispensa comentários”, discursou, emendando que depois do ex-prefeito Nion Albernaz (PSDB), o governador Marconi Perillo (PSDB) está sendo o melhor “prefeito” da capital. O presidente citou a crise enfrentada na coleta de lixo goianiense nas últimas semanas como outro problema que a oposição vem passando.
Já Girade apresentou um panorama sobre o andamento das obras no Estado, especificamente na área da saúde, como os hospitais regionais de Uruaçu (Norte), Santo Antônio do Descoberto e Águas Lindas (Entorno do Distrito Federal). O secretário de Saúde apresentou balanço sobre os investimentos no setor nos últimos três anos. Em entrevista ao Jornal Opção Online, ele ressaltou que a vistoria serve para embasar deputados e autoridades a respeito do que é feito especificamente no Hugo 2, como a aquisição de equipamentos para a estrutura de atendimento. Em relação ao baixo número de parlamentares, Girade comentou: “Todos foram convidados e esperamos que venham, pois são eles que têm perguntado [sobre o Hugo 2].”
Halim destacou ainda que a nova unidade de atendimento será inaugurada em um momento de crescimento populacional vivido por Goiânia e Região Metropolitana. Enquanto o Hugo do Setor Pedro Ludovico foi construído quando a capital tinha cerca de 700 mil habitantes, o Hugo 2 está sendo projetado para 1,3 milhão. O Hugo 2 está previsto para ser lançado ainda nesse semestre, mas sem data definida. O centro médico tem uma área construída de 27,7 mil metros quadrados e vai contar com uma ala para queimados, um banco de sangue, um heliponto, estacionamento com 1 mil vagas e um auditório com 60 lugares. São 485 leitos com 80 Unidades de Terapia Intensiva (UTI), sendo 70 para adultos e 10 para crianças. A previsão é que sejam feitos cerca de mil atendimentos diários em urgência, emergência e queimaduras. De acordo com a SES, poderão ser feitos atendimentos de broncoscopia, ambulatório e atendimento a pacientes que passaram por cirurgias complexas, além de exames de tomografia, ultrassonografia, eletrocardiograma, ecocardiografia com ecodoppler, endoscopia, entre outros.
Logística e complemento
Para o deputado Helio de Sousa, estar in loco na obra é importante por dar a oportunidade de confrontar o que está sendo comentado ao que é feito na obra. O tamanho da unidade e as regiões que serão atendidas pela logística e localização do novo hospital, como a Região Noroeste de Goiânia e o Vale do Araguaia, estão entre os pontos positivos listados por ele. Questionado pelo Jornal Opção Online sobre a ausência dos pares no local o democrata desconversou e disse que além dos colegas de Assembleia, vereadores e entidades do terceiro setor também foram convidados. A impressão que o deputado Talles Barreto teve sobre o Hugo 2 é a de que a nova unidade funcionará como complemento do Hugo 1. Com a obra, avaliou, o governo valoriza e dá condições para que Goiás seja referência na área da saúde. Para o parlamentar, a quantidade de atendimentos e leitos a mais são essenciais.
Na visão dele, a gestão por organizações sociais das unidades de saúde, que também será aplicada ao novo Hugo, vai destravar a burocracia no sistema. A respeito da ausência dos colegas deputados, Talles observou que as dúvidas surgem principalmente por parte da oposição. “Quem não esteve presente não pôde conferir o que está sendo feito para a saúde pública estadual.” Deputado representante da Região Noroeste de Goiânia, Elias Junior comentou que a vistoria serviu para ele se informar sobre o processo de construção do hospital. “Temos que ter consciência do que se passa [nas obras] para repassar à sociedade. Aquele que não veio, perdeu.”