Um estudo realizado pelo Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB) aponta que a cidade de Aparecida de Goiânia teve um aumento de 122.49% de famílias em déficit habitacional entre 2020 e 2023. De 4.686 famílias em 2020, passaram a ser 10.426 famílias em 2023. 

Em relação ao número de pessoas nesse contexto vulnerável de moradia, analisado no mesmo período, o aumento foi de 100,09%. Em 2020 eram 13.412 pessoas em déficit habitacional, número que aumentou para 26.971 em 2023. 

O estado de Goiás registrou no último ano um crescimento de quase 11 mil novas famílias em situação delicada de moradia. Entre 2022 e 2023, observou-se um aumento no número de famílias adensadas, naquelas que enfrentam ônus excessivo com aluguel e nos domicílios rústicos. Em contrapartida, nesse mesmo intervalo, registrou-se uma diminuição no total de famílias vivendo em domicílios improvisados e cômodos. No total, Goiás tem 212 mil famílias nessa situação.

Faz parte da metodologia da pesquisa diferenciar os componentes do Déficit Habitacional. Entre eles, estão as categorias: domicílios precários, coabitação e ônus excessivo. Cada categoria possui um dimensão e que se divide em Domicílio improvisado, rústico, cômodo, adensados e ônus com aluguel. Cada uma dessas categorias possuem definições. 

Fonte: Estudos 006/2024 Déficit Habitacional em Goiás | IMB/SGG

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), um domicílio improvisado é aquele situado em uma construção que não possui áreas destinadas exclusivamente à moradia, ou que se encontram em condições inadequadas para habitação.

Domicílios rústicos são aqueles cuja estrutura e/ou material fogem do padrão convencional. Exemplos incluem residências com paredes de taipa não revestida, palha, madeira reaproveitada ou outros materiais que não se encaixam nos padrões adequados. Domicílios cômodos são caracterizados por terem apenas um ambiente e não possuírem banheiro.

A dimensão relacionada ao ônus excessivo com aluguel é considerada um déficit para as famílias que residem na zona urbana e têm uma renda domiciliar de até três salários mínimos, quando gastam mais de 30% dessa renda com aluguel. Assim, essa dimensão é o principal fator associado à carência financeira no déficit habitacional.

Prefeitura de Aparecida de Goiânia

Segundo a atual gestão de Aparecida de Goiânia, a implementação do Programa Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal continua. Na última semana, o prefeito Vilmar Mariano assinou uma ordem de serviço com a CCB Construtora para a construção de um novo empreendimento habitacional na Vila Romana. Serão disponibilizados 192 apartamentos destinados a famílias de baixa renda que estão cadastradas no Cadastro Único e habilitadas pelo programa.

A área para o projeto foi doada pela Prefeitura de Aparecida. Os apartamentos têm 43 metros quadrados e contam com cozinha, dois quartos, banheiro, varanda e vaga de garagem. O investimento total no empreendimento é de R$ 38 milhões com promessa de entrega em até 24 meses A gestão ainda considerou ter dado início em três contratos para a construção de 576 apartamentos no bairro Alto da Boa Vista.