COMPARTILHAR

Durante solenidade para assinatura da ordem de serviço, prefeitura anunciou que serviços começariam no último mês

Foto: Fernando Leite/Jornal Opção

Anunciadas para abril, as obras do projeto do complexo cultural apelidado de “Casa de Vidro” estão sem previsão para retomada. A ordem de serviço foi assinada pelo prefeito Iris Rezende (MDB) no dia 5 de abril, durante solenidade no Paço municipal, e a previsão era que as obras começariam ainda no último mês.

[relacionadas artigos=”121493, 100893″]

De acordo com a prefeitura de Goiânia, ainda não há uma data marcada. O motivo do adiamento não foi respondido após questionamentos do Jornal Opção.

Localizado na Avenida Jamel Cecílio com Av. E e Rua 52, no Jardim Goiás, o espaço será destinado a atividades culturais e artísticas, terá três pavimentos e mais de dois mil m² de área construída.

Em julho do ano passado, uma reportagem mostrou que o local acabou virando ao longo dos anos abrigo para moradores de rua e estacionamento para vizinhos e trabalhadores da região.

De acordo com o contrato firmado com a vencedora da nova licitação, a Geo Engenharia, os trabalhos devem ser concluídos em 12 meses. Os recursos são uma parceria entre Ministério do Turismo, Prefeitura de Goiânia e Caixa Econômica Federal. A Secretaria Municipal de Cultura administrará a unidade.

Histórico

O projeto da Casa de Vidro foi anunciado no fim da última gestão de Iris à frente da prefeitura, em 2008. Previa-se para a obra uma cúpula de vidro, com formato elipsoide com mais de 13 metros de altura; e um salão multiuso acoplado, que seria revestido com lâminas de alumínio inspiradas nas escamas do fruto do buriti. A obra nunca saiu do papel.

O complexo cultural (como foi chamado à época) foi orçado em quase R$ 4 milhões e os recursos para a construção viriam de emenda parlamentar proposta pela então deputada federal Dona Íris (PMDB) — derrotada à reeleição em 2014 e, hoje, primeira-dama da capital.

A emenda foi feita junto ao Ministério do Turismo em 2008. Contudo, o primeiro repasse foi realizado apenas em 2011, visto que Iris deixou a prefeitura para disputar (e perder) o governo de Goiás em 2010. A obra só foi autorizada no final daquele ano, pelo então prefeito Paulo Garcia (PT).

Uma reportagem do Jornal Opção naquele ano mostrou que a construção começou, mas parou quando a empreiteira contratada por licitação decidiu deixar o projeto. A empresa, segundo consta, afirmou ter “dificuldades” para execução do complexo.