A influenciadora Deolane Bezerra havia sido processada por uma fã que teria perdido mais de R$ 1 milhão por causa do vício em jogos divulgados por ela. O processo foi iniciado alguns dias antes de Deolane ser presa por suspeita de lavagem de dinheiro e divulgação de jogos ilegais.

A ação tramita no Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) desde a última segunda-feira, 2. A mulher diz ter se viciado em jogos anunciados pela influenciadora em suas redes sociais, que possuem mais de 22 milhões de seguidores.

Segundo o processo, a mulher acreditava nos ganhos que Deolane postava no stories, pois a considerava uma pessoa de credibilidade. Ela alega que começou a perder dinheiro e teve que se desfazer de parte dos seus bens para manter apostas e pagar dívidas. Ela chegou a arrendar um carro avaliado em R$ 70 mil

De acordo com documentos apresentados à Justiça, a mulher perdeu cerca de R$ 1 milhão em apostas. Ela pede o ressarcimento do valor e indenização de R$ 50 mil por dano moral. O valor total da ação é de R$ 1,1 milhão.

O Jornal Opção entrou em contato com a assessoria de Deolane Bezerra mas não obteve resposta até o fechamento da reportagem. O espaço segue aberto para manifestações.

Prisão mantida

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPB) manteve a prisão preventiva da influenciadora Deolane Bezerra e de sua mãe, Solange Bezerra. A decisão foi tomada após audiência de custódia realizada por videoconferência nesta quinta-feira, 5.

Deolane foi presa na quarta-feira, 4, por suspeita de participação em esquema de lavagem de dinheiro e jogos ilegais. A Justiça também cumpriu outros 18 mandados de prisão e 24 mandados de busca e apreensão no Recife, Campina Grande (PB), Barueri (SP), Cascavel (PR), Curitiba (PR) e Goiânia (GO).

A Justiça também decretou o sequestro de bens como carros de luxo, imóveis, aeronaves e embarcações. Também foram bloqueados R$ 2,1 bilhões em ativos dos investigados.

De acordo com as investigações, a quadrilha usava empresas de eventos, publicidades, casas de câmbio, seguros e outros para lavar dinheiro. Isso seria feito por meio de depósitos e transações bancárias.

As investigações, que iniciaram em abril de 2023, contaram com a colaboração da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), e das polícias civis dos estados de São Paulo, Paraná, Paraíba e Goiás. Ao todo, 170 policiais estão envolvidos na operação.

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