O presidente da Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia, André Fortaleza (MDB), negou ter um dossiê contra o prefeito da cidade, Vilmar Mariano (Patriota), em entrevista ao Jornal Opção. Apesar disso, o vereador defende que foi “desastrosa a gestão” do Chefe do Executivo quando era parlamentar.

“Ninguém ouviu falar da minha boca de dossiê a respeito do prefeito. Não sei o que ele entende por dossiê. Agora, o que eu sempre falei é que a gestão dele na Câmara foi desastrosa, cheia de falhas, tanto que temos uma multa na Receita Federal de R$ 800 mil da gestão passada dele. Temos a obra, que está sendo fiscalizada, com vários erros apontados. Mas, eu não disse dossiê, falei que a gestão dele na Câmara deixou a desejar porque ele sempre usou o termo que fez história na Câmara. Se ele fizer história na prefeitura como fez na Câmara, a Prefeitura de Aparecida de Goiânia vai atrasar uns 10 anos”, criticou.

No final de abril, Vilmar Mariano, também em entrevista ao Opção, desafiou o vereador André Fortaleza que apresentasse esse dossiê. Além disso, o prefeito chegou a definir o parlamentar como um “inimigo” dele.

“Achei uma palavra muito forte, até falei em plenário. Posso não ser do convívio dele, mas não o tenho como inimigo. Pelo contrário, estou usando muito o bom senso e a responsabilidade como gestor público. Eu não posso ser visto como inimigo por alguém por discordar de suas ações. Tenho feito meu papel de fiscalizar, legislar e vou fazer até o término do meu mandato, independente de questões partidárias e futuras eleições”, garantiu.

De acordo com André Fortaleza, o desentendimento com Vilmar Mariano começou desde a época que o prefeito era o presidente da Câmara.

“Infelizmente, não foi da forma que ele gostaria que fosse e já começou fazer algumas retaliações. Quando eu fiz a reeleição da presidência, antecipada com nove meses, piorou mais ainda a situação. Ele foi totalmente contra, não só ele, como vários outros, mas ele foi muito incisivo, fez de tudo para eu não ser reeleito. Sempre pontuei a construção, que foi orçada em quase R$ 15 milhões, gastaram 12 e 55% dela concluída. É fácil para quem sabe fazer conta. Então, questionei isso”, revelou.