Plano Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes) é fundamental para permanência de estudantes de baixa renda nas instituições federais de ensino superior

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), em diálogo com o Ministério da Educação (MEC), conseguiu que o governo libere ao Plano Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes) todo o recurso previsto na Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa).

No entanto, o corte de 18,2% sobre o valor total destinado ao Pnaes ainda será mantido  — na Universidade Federal de Goiás (UFG), a redução corresponde a quase R$ 4 milhões. 

O Pnaes é fundamental para a permanência de estudantes de baixa renda nas instituições federais de ensino superior (Ifes). Na UFG, 3.200 estudantes são atendidos diretamente com as bolsas de assistência e ao menos 10 mil são beneficiados com o Restaurante Universitário.

Ajuste

A pró-reitora de Assuntos Estudantis da UFG, Drª Maisa Miralva da Silva, ressaltou que o dinheiro empenhado ainda não foi repassado.

“O pagamento [das bolsas] está atrasado e vai continuar atrasando, porque o governo não tem repassado o recurso. Liberou para empenhar, mas não tem repassado o recurso de forma suficiente”, ressaltou a pró-reitora.

“Não temos previsão de quando pagaremos as bolsas em atraso, porque dependemos do repasse financeiro do MEC. A nossa expectativa é que isso ocorra no início do mês de fevereiro, mas a gente não tem certeza”, acrescentou.

Maisa Miralva da Silva reiterou que a universidade precisará fazer ajustes nos próximos meses para se adaptar ao orçamento. “Vamos extinguir programas, vamos reduzir valores. Nós temos que fazer um ajuste, porque não temos o mesmo recurso do ano passado e não temos como atender o mesmo número de estudantes”, enfatizou.

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