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Secretária da Fazenda avaliou resultados obtidos pelo governo de Goiás como “excelentes”. Com cenário menos promissor para 2016, ajuste continua e redução de despesas será mantida

Secretária da Fazenda, Ana Carla Abrão, assegura que prioriza sempre apresentar projetos inicialmente aos deputados. "Respeito a Assembleia Legislativa" | Foto: Alexandre Parrode
Ana Carla destacou cortes de R$ 400 milhões conseguidos a partir da reforma administrativa | Foto: Alexandre Parrode

A secretária estadual da Fazenda, Ana Carla Abrão, em conversa por telefone com o Jornal Opção, revelou que a questionada reforma administrativa realizada pelo Estado em 2015 gerou economia de R$ 400 milhões com redução de contas, cargos comissionados e temporários, além da extinção de gratificações.

“Mesmo com os cortes, investimos mais de R$ 600 milhões com recursos do Tesouro”, afirmou a titular da Fazenda. O valor, segundo Ana Carla, foi utilizado para concluir “obras importantes”, como o Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), rodovias que tiveram suas construções retomadas, outros trechos rodoviários entregues à população e a retomada da reforma do Crer.

“O resultado é excelente porque conseguimos fazer cortes e o governo de Goiás não parou. Continuamos investindo mesmo assim.”

Para enfrentar a crise econômica foi preciso cortar investimentos, declarou Ana Carla: “Foram mais de R$ 2 bilhões, concentrados em custeio e despesas que teriam sido pagos”.

De acordo com ela, houve readequações de todas as ordens no governo. “Reduzimos o orçamento dos órgãos estaduais de forma firme. Alguns tiveram até 60% de corte, contingenciamento de recursos próprios dos órgãos.”

A atuação do governo em suas receitas teve como foco a busca da “composição de resultado”, informou a secretária. “A não concessão da data-base, que gerou redução de gastos, foi feita porque não havia condições para arcar com a despesa adicional. Até mesmo porque sem a data-base a folha cresceu mais de R$ 800 milhões só neste ano”, explicou Ana Carla.

Para 2016, a secretária da Fazenda disse que o ajuste fiscal deve continuar, com as revisões necessárias. “É um conceito que é caro para a iniciativa privada, e que precisa chegar à gestão pública”, declarou.

Segundo Ana Carla, o foco está voltado para a “eficiência” dos gastos públicos. “Continua essa preocupação e espero que para todo o sempre. Em 2016 queremos repetir o trabalho de 2015 com revisão no orçamento em um cenário mais difícil e volátil”, disse.

A mesma política deve ser adotava para a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para dar “maior eficiência”, explicou Ana Carla.

A secretária destacou que recursos do Banco do Brasil são aguardados para retomar a conclusão das obras do Centro de Excelência do Esporte em Goiânia e o Centro de Convenções de Anápolis — consideradas prioritárias para a administração Marconi.

Celg

“A perspectiva é de privatização. Não sabemos o quanto (valor) porque depende do leilão.” De acordo com a titular da Fazenda, a orientação é de que os recursos adquiridos com a venda da Celg sejam utilizados em infraestrutura.

“É uma operação de crédito que o ex-ministro da Fazenda (Joaquim) Levy chegou a autorizar. Agora é viabilizar com base no cenário de mercado”, pontuou.