Americanas demite 1.400 funcionários e fechou 55 unidades

Juscelino Goulart de Oliveira

Especial para o Jornal Opção

A crise das lojas Americanas agora é ampliada com a demissão de 1.400 funcionários. A informação está contida num documento divulgado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A empresa mantinha 35.741 funcionários com carteira assinada em todo o país.

Na semana passada, uma loja das Americanas foi fechada em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul. Ao todo, a empresa conta com 1.825 unidades. De acordo com reportagem do jornal “Valor Econômico” (sexta-feira, 28), já foram fechadas 55 lojas.

A direção da empresa afirma que a causa das demissões resulta da reestruturação dos negócios: “A companhia segue com foco na manutenção de suas operações e no aumento de sua eficiência. A Americanas reforça seu comprometimento com a transferência na relação com os sindicatos, mantendo-os informados dos movimentos de reestruturação, assim como garante o cumprimento integral e tempestivo de suas obrigações trabalhistas, na forma da legislação vigente”.

A CVM foi informada pela Americanas que será preciso convocar uma “assembleia geral de credores para deliberar sobre o seu plano de recuperação judicial, tendo em vista a apresentação de objeções”, de acordo com o “Valor”. O jornal enfatiza que “foram feitas 121 objeções até 19 de julho, último dia do prazo para essa manifestação dos credores”.

Dívida da empresa: 42,5 bilhões de reais

Alguns credores financeiros — BTG Pactual, Santander e mais de 30 gestoras e fundos de investimento — são os responsáveis pelas objeções. Por sinal, a Virgo Companhia de Securitização e a Vórtex DTVM também apresentaram suas objeções.

A Americanas tem uma dívida de 42,5 bilhões de reais — tida, por gente do mercado, como praticamente impagável. “O rombo contábil, admitido pela empresa e investigado pela CVM, supera 25 bilhões de reais”, anota o “Valor”.