Alunos do 9ª ano do ensino fundamental do Centro de Ensino em Período Integral (Cepi) Bartolomeu Bueno da Silva, em Paranaiguara, no interior de Goiás, desenvolveram projetos projetos inovadores na área de tecnologia, inovação e marketing. As iniciativas incluem a criação de um sistema de biometria, voltado para garantir mais segurança na escola, sensor de umidade e temperatura, hortas automatizadas e a criação de uma cooperativa para auxiliar na renda familiar deles.

O sensor de umidade e temperatura ajuda a controlar o ambiente escolar através do controle de equipamentos como ar-condicionado e climatizadores, melhorando o ambiente e ajudando na economia de energia.

Adicionalmente, os estudantes trabalham no desenvolvimento de um aplicativo para correção automática de gabaritos de simulados, visando otimizar o tempo dos professores e melhorar a qualidade do ensino.

Premiações e objetivos

Os projetos foram coordenados pelo professor de matemática Wallace Yamamoto e os estudantes foram capacitados em formações digitais, com cursos do Sebrae em parceria com a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB).

O projeto da cooperativa dos alunos é um dos projetos concorrentes no Prêmio Jovens Visionários, da seguradora Prudential do Brasil.

A cooperativa, foi pensada como uma formação profissionalizante, para que estes alunos não entrassem no mercado de trabalho de forma tão brusca, com subempregos. De acordo com o professor Wallace, os alunos que vão chegando no ensino médio, têm a necessidade de ter uma renda, de ajudar em casa, e eles estavam saindo da escola.

“Estávamos com alto índice de evasão escolar por conta disso. Alguns iam para a escola regular, outros já paravam de vez de estudar para trabalhar o dia inteiro”, ressalta.

Biometria garante mais segurança

A equipe de robótica da escola desenvolve um sistema de coleta de biometria para fortalecer a segurança no ambiente escolar e contribuir no controle de frequência e do consumo de merenda. A iniciativa já foi testada em outros colégios estaduais da Região do Entorno do Distrito Federal, por exemplo.

Sensor biométrico auxilia na segurança da escola, frequência dos alunos e distribuição de merendas | Reprodução/Wallace Yamamoto/Cepi

Outro projeto desenvolvido pela equipe consiste em um protótipo de sensor que controla a temperatura e a umidade das salas de aula, ao ativar e desativar dispositivos, como o ar-condicionado e climatizadores, melhorando o ambiente e, ainda, economizando energia.

O sistema também conta com medidas de segurança como alarmes por sensores a laser e a automação da iluminação das salas, contribuindo para a eficiência energética do espaço.

Irrigação automatizada

Os alunos desenvolvem ainda um projeto de automatização da horta escolar, com foco na irrigação com autonomia para promover a sustentabilidade e o aprendizado prático dos estudantes.

O professor Wallace ressalta que a participação ativa dos alunos foi essencial para o desenvolvimento das ideias. “Foi tudo desenvolvido com muito protagonismo deles. A biometria, por exemplo, surgiu da preocupação com a segurança após incidentes em outras instituições. E a nossa esperança é que consigamos automatizar toda a escola”, complementa.

Expectativas futuras

Os alunos já planejam a implementação prática dos projetos e o início da produção de placas dos circuitos de sensores para a instalação nas salas de aula no próximo ano

Com expectativas para 2024, a equipe do Cepi Bartolomeu Bueno da Silva tem o objetivo de participar de premiações que reconheçam tanto os projetos de robótica quanto à iniciativa empreendedora da cooperativa.

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