As ex-alunas e alunas da instituição aproveitaram uma publicação sobre o Dia Internacional da Mulher para relatar inúmeros casos de machismo contra o diretor

Uma publicação do Colégio WR no Instagram em homenagem ao Dia Internacional da Mulher foi surpreendida por comentários de ex-alunas e alunas da instituição contra o diretor. Mais de 1.200 comentários até a manhã de domingo, 10, contavam diversos e frequentes episódios de machismo que o diretor supostamente teria cometido contra as estudantes. A reportagem entrou em contato com o Colégio WR, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria. Assim que a instituição de ensino se manifestar sobre as acusações, o conteúdo será publicado pelo Jornal Opção.

Uma usuária da rede social, aluna do colégio, respondeu à publicação do WR denunciando que a instituição “não sabe o que é um aluno. Menos ainda o que é uma mulher”. No mesmo comentário, ela relata frases que teria escutado do diretor dentro do colégio, como “mulher tem que ficar calada para apanhar”, “mulher passa creme para ficar macio quando apanhar” e “mulher só merece respeito quando é mãe”. A aluna afirma que essas são apenas algumas frases do diretor que mostram o “respeito” que ele tem com as alunas.

Um outro estudante cita em seu comentário a mesma frase da colega sobre a mulher merecer respeito após ser mãe. Matheus ainda alerta: “pais e mães, saibam que o WR, além da instituição que mais aprova em Goiânia, é a instituição privada cujo diretor e dono instiga o machismo, a homofobia e a intolerância às diferenças”.

Já uma ex-aluna da instituição comenta na publicação que só as mulheres que estudaram no colégio sabem o tamanho da insegurança e opressão e os 50 minutos de aula de um professor são os mais temidos da semana “onde somos humilhadas, menosprezadas e vítimas de diversas atitudes machistas”.

Um homem comentou em seguida “meu deus muiezada, se calar a boca ainda dá tempo de virar pedra”. Os alunos dizem que o autor do comentário é o professor denunciado na postagem.

Outro ex-aluno também engrossou o coro de denúncias das alunas, contando que incontáveis vezes presenciou comentários classificando alunas como “burras” e que “mulher não deveria ter saído da cozinha”, quando cursou o terceiro ano no colégio.

Alguns usuários marcaram o perfil do Ministério Público de Goiás nos comentários para conhecimento e possíveis providências, além de vários veículos de imprensa para dar amplitude às vozes das alunas.

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