Faculdade afirma que orientou a estudante a não levar mais a criança por entender que a situação fere a dignidade do menino
A estudante de jornalismo Jéssica Ramos Oliveira, de 26 anos, alega ter sido expulsa de uma faculdade particular em Goiânia, após entrar em sala de aula com o filho de seis anos. A estudante informou que precisou levar a criança, porque teria uma aula de revisão e não tinha com quem deixá-la.
Segundo Jéssica, uma funcionária da instituição pediu para que ela deixasse o local, alegando que no contrato firmado entre a faculdade e os alunos existe uma cláusula que impede a entrada de outras pessoas em sala de aula. À nossa reportagem, a estudante alegou ter passado por um grande constrangimento, e que já havia levado a criança em outras poucas ocasiões, mas que nunca foi repreendida por isso.
Ainda de acordo com a aluna, o coordenador do curso de direito, da mesma faculdade, teria argumentado que ela estaria infringindo o regulamento da instituição.
A Faculdade
Em contato com o Jornal Opção, a instituição negou que a aluna tenha sido expulsa da faculdade. De acordo com o vice-diretor pedagógico, Jéssica inclusive terminou de assistir a aula. “Nós solicitamos que na próxima semana ela não trouxesse mais a criança por entendermos que ficar quatro horas dentro de uma sala de aula de adulto fere a dignidade dessa criança”.
O vice-diretor reforça que a instituição entende que permitir tal situação acarretaria em prejuízos para a própria criança. “la fica sem direito a brincar, sem lazer, sem horário inclusive para fazer as tarefas de escola”.
A instituição informou ainda que já acionou o Conselho Tutelar, que vai oficiar o Ministério Público sobre o caso e que tentam localizar o pai da criança.
Direito
Está em tramitação no Senado, um projeto de Lei de autoria da senadora Vanessa Grazziotin que prevê a garantia de acesso e permanência da criança no estabelecimento de ensino frequentado por sua mãe, pai ou responsável. A matéria está apta para votação em plenário.
Rola processo?
Aconteceu comigo em 2014 eu estudava lá e tive que levar minha filha, me mandaram embora e depois me informaram que consta cláusula no documento de matrícula proibindo a entrada de crianças… Como se a gente levasse elas pra se divertirem, como se não fosse um último caso né?! Em contra partida em dia de entrega de notas alguns professores incentivavam os pais a levarem as crianças para nós conhecermos, só que tínhamos que entrar no horário de pico quando a maioria tava entrando e nos infiltrar.
O pior de tudo é a resposta da faculdade…
a mãe quer que o pai seja encontrado?
Machistas
Sexistas
Chauvinistas
Totalmente o oposto do que professores e professoras pegam em sala se aula.
Ridículo!
Os eufemismos das respostas demonstram que a instituição realmente não prega a alteridade, que é o tema deste semestre. Eu estava lá, fui o primeiro a ir atrás dela! Ela foi expulsa da sala de aula de forma sumária, sem uma conversa, uma notificação ou advertência!
Que vergonha, Araguaia!
Por favor, qual foi a faculdade?
Passei pelo mesmo constrangimento.Acho q deve haver regulamentações para que uma mãe possa prosseguir seu caminho se maiores impedimento. Crianças são espertas e não seria um percausio na instituição. Piorou se tratando de uma faculdade particular…
Faculdade Araguaia, pelo jeito…
esta mesma faculdade não,olha o direito da criança de esta com a mãe ao seu lado
Que absurdo! Repúdio a essa atitude da faculdade. Todo apoio à Jéssica e a todas as mães que precisam estudar. Temos que ser mais humanos. Estive nessa situação durante o meu curso superior, assim como tantas outras mães e só pude concluir meu curso pq a coordenação do mesmo teve um olhar humano e solidário para nossa situação. Criaram na época um espaço para atender os nossos filhos pequenos.
Se a criança cair de uma escada, janela, a faculdade é responsável! E o ambiente não foi projetado para crianças, com telas e grades de segurança. Faculdade não é escolinha! E se não tiver local sobrando para sentar, desaloja um aluno pagante para acomodar o filho? E se a criança atrapalhar a aula prejudicando os demais alunos? E se as aulas forem práticas e for usada substância insalubre? Entendo que a mãe precisou levar o filho, mas a faculdade não tem como assumir essa responsabilidade. Quem tem contrato de ensino é a mãe e sob a ótica da responsabilidade civil, a faculdade está se precavendo. Quem sabe com essa lei, fique resolvida a questão da responsabilidade e aí as mães podem levar seus filhos as aulas. Mas, sendo sensata e seguindo a lei, a faculdade está com razão do ponto de vista legal.
Pior de tudo é ver a faculdade procurando meios de dificultar ainda mais a vida da mãe, procurando conselho tutelar, procurando localizar pai. Agindo como se a mãe tivesse praticando alguma violência contra a criança, uma vez que ela está buscando melhorar de vida, estudando para oferecer melhores condições de vida ao seu filho.
Acho graça deste pais, se para de estudar ta errado, se leva filho pois nao tem quem deixar fere dignidade da criança. O que sera que Conselho tutelar vai fazer com uma mae leva filho a escola por nao ter com quem deixar.
Aqui mesmo no estado de Goiás estou casada de ver maes levando crianças de colo pras baladinha, espondo menor a poluição sonora, a fumaça de cigarros e nada se e feito. Mas vindo das leis injustas deste pais nao admiro mais nada. Fica desabafo por presenciar tantos absurdos.