Pessoas não vacinadas devem redobrar cuidados, priorizar utilização de máscaras e evitar aglomerações

Internação de pacientes com Covid-19 | Foto: IDEC

Após redução de redução de casos, Goiás estabiliza em altas taxas de contaminação, internação e óbitos em decorrência da Covid-19. Já tendo ultrapassado a marca de 727,5 mil casos da doença, com mais de 20,5 mil óbitos, a taxa de letalidade atual é de 2,82%. Concomitantemente, a taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) voltadas ao tratamento da Covid-19 em Goiás se mantém em 85%, número que não se altera desde o início do mês de julho.

Apesar do avanço na imunização, a estabilização em alta, de acordo com a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, é consequência do descuido da população não vacinada, que não prioriza o cumprimento dos protocolos e das medidas de segurança contra o coronavírus. Isso, porque de acordo com a superintendente, grande parte das internações atuais são de pessoas com menos de 60 anos – que ou não tomaram nenhuma dose da vacina contra o vírus, ou só receberam a primeira dose, que não garante imunização completa.

“Quando aconteceu a segunda onda em março, que foi o pico, os números reduziram. Chegou um momento em que se parou de reduzir, subimos um pouco e lá ficamos. No entanto, a ideia que os casos diminuíram depois da segunda onda dá a falsa impressão de que a pandemia acabou e as pessoas estão abaixando a guarda, acabam reduzindo o cumprimento dos protocolos, diminuindo o uso de máscaras. Isso faz com que a gente mantenha esse nível alto de transmissão”, justifica Flúvia.

O patamar de casos atual é de 14 mil por semana, número que chegou a alcançar a média de 10 mil por semana logo após sair do alto pico dos 25 mil. As consequências são vistas nas taxas de ocupação das UTIs, que saíram da margem dos 70 a 80% para a média de 85%. “A ocupação já era alta, então qualquer aumento faz com que esse copo transborde, já que o copo já estava quase cheio”, esclarece a superintendente. Para o controle das taxas de transmissão, internação e óbito, que podem subir ainda mais a depender da demora da imunização completa da população goiana, a superintendente ressalta a importância do respeito aos protocolos de segurança contra a Covid-19, como o uso de máscaras, evitar aglomerações e priorizar o distanciamento social e a higienização constante das mãos.