Ex-governador e presidente estadual do PSDB afirmou que projetos de candidaturas dos partidos impedem parceria para o primeiro turno

O ex-governador e presidente regional do PSDB em Goiás, Marconi Perillo, afirmou que o partido não mantém discussões de aliança com o PT para o primeiro turno das eleições de outubro de 2022, e nem mesmo deve começá-las. O tucano garante que “uma aliança com o PT não está sendo discutida, e nem será”. A afirmação contraria rumores de que o ex-governador goiano estaria organizando aproximação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Para justificar o distanciamento, Marconi oferece um motivo direto: os dois partidos trabalham para apresentar candidaturas próprias nas duas esferas em disputa no executivo. Se por um lado o PT oferece o nome de Lula e do ex-reitor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUCGO) Wolmir Amado para os cargos de presidente e governador, respectivamente, o PSDB também pretende lançar candidatos próprios.

Com a saída de João Doria (PSDB-SP) da disputa, o partido tem o nome de Eduardo Leite (PSDB-RS) a disposição, mas uma ala sinaliza apoio para a senadora Simone Tebet (MDB-MS). Já na disputa para o governo de Goiás, Marconi ainda não se oficializou como pré-candidato, mas não esconde a possibilidade e, inclusive, discursa com tons de pré-campanha.

O ex-governador defende que o impasse da escolha de candidato a presidência seja resolvido com a indicação do nome de Leite à disputa, “afinal de contas, foi o segundo colocado nas prévias”, justifica. Além disso, Marconi aponta que o PSDB lança candidato à presidência desde 1989, ano que marca a primeira eleição pós-democratização do país, o que contribuiu como motivo para não abandonar a disputa em 2022.