Alemanha quer reduzir o número de refugiados que entram no país
14 dezembro 2015 às 18h34

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A afirmação foi feita nesta segunda-feira (14) pela chanceler Angela Merkel durante o congresso anual do partido União Democrática Cristã (CDU)

O governo alemão quer diminuir o fluxo de refugiados que entram no país. Nesta segunda -feira (14), durante o congresso anual do partido União Democrática Cristã (CDU), da chanceler Angela Merkel, ela disse que a política defendida até então pela Alemanha de abertura aos refugiados sofreu duras críticas da ala mais conservadora de sua sigla.
A promessa de Merkel é de uma “notável redução” no fluxo de entrada de refugiados na Alemanha, com abordagem centrada nos níveis alemão, europeu e global. A estimativa para 2015 é de mais de um milhão de pedidos de asilo no país.
“É do interesse da Alemanha, de olho no desafio de garantir acomodação e a integração dos refugiados à sociedade e ao mercado de trabalho. É do interesse da Europa, devido à situação interna e do papel do bloco. E é do interesse dos próprios refugiados, porque ninguém deixa seus lares sem pensar, não importa o motivo”, afirmou durante discurso.
Limites
Com compromisso de manter sua “responsabilidade huamitária”, Merkel não deu informações sobre imposição de limites.
A Alemanha, que figura como maior potência econômica da Europa, teria um dever “moral e político” com os “mais vulneráveis”, principalmente os refugiados vindos da Síria, declarou Merkel.
Segundo a chanceler alemão, a decisão de ignorar as regras do Espaço Schengen será mantida. As fronteiras permanecem abertas para receber as pessoas que ficaram em Budapeste, capital da Hungria, quando o governo fechou a principal estação de trem e cancelou voos internacionais.
“Algo que parecia distante de nós, que nós só víamos pela televisão, estava literalmente batendo à nossa porta”, declarou Merkel.
Desafio
Autoridades consideram que o desafio imediato da Alemanha é o de conter o fluxo de refugiados para atender às pressões e reduzir os números recordes. Mais de 355 mil pedidos de asilo feitos ao país até o fim de novembro, de um total de 425 mil, não haviam sido processados.
Thomas de Maiziere, ministro do Interior alemão, afirmou que a esperança é a de que o processo seja acelerados nos próximos meses com a criação de 4 mil vagas de emprego na Agência Federal para Migração e Refúgio. (com Agência Brasil)