Além de Waack, outros jornalistas foram flagrados destilando racismo. Veja lista
08 novembro 2017 às 18h49

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Vídeo vazado do âncora da Globo não foi o primeiro caso de preconceito por parte de profissionais da imprensa
Um vídeo vazado nesta terça-feira (8/11) mostra o jornalista William Waack fazendo ofensas racistas durante intervalo de um noticiário da Globo. “Tá buzinando por quê, seu merda do cacete? Não vou nem falar, porque eu sei quem é… é preto. É coisa de preto”, diz ele irritado em um estúdio da Globo.
Infelizmente, o jornalista não foi o primeiro a ser racista. Veja a lista de outros profissionais que destilaram preconceito na imprensa:
Alê Oliveira

O comentarista Alê Oliveira foi acusado de racismo por uma maquiadora da ESPN. Após a divulgação do caso, o profissional deixou a emissora, mesmo negando o preconceito. “A ESPN e o comentarista Alexandre Oliveira decidiram, em comum acordo, encerrar o contrato. Muito embora não tenha sido constatada ofensa racial em recente episódio envolvendo uma funcionária da ESPN, as partes optaram por não continuar com o contrato. A ESPN agradece ao comentarista pelos anos de parceria e deseja sucesso em seu futuro profissional”, disse a ESPN em nota.
Lourival Santos

O apresentador do SBT de Maringá, Lourival Santos, foi detido por racismo na final do Campeonato Paranaense, em Maringá, entre o clube local e o Londrina. Santos teria ofendido o lateral direito do Londrina, Maicon Silva, ao chamá-lo de macaco.
Depois do episódio, a Rede Massa, que transmite o SBT no Paraná, decidiu afastar o apresentador que comandava uma programa esportivo no canal.
Em nota oficial, a emissora afirmou que “repudia e condena todo e qualquer ato de racismo” e que “não responde pelo ato de seu colaborador”.
Marcão Chumbo Grosso

A Record TV anunciou, via comunicado, a demissão do jornalista Marcão Chumbo Grosso, do Balanço geral. Durante o quadro A hora da venenosa, na edição do Distrito Federal da atração, ele chamou a cantora carioca Ludmilla de ”macaca”.
Por meio de sua página no Facebook, Ludmilla afirmou que “trata-se um desrespeito absurdo e vergonhoso”. “Infelizmente, ainda existem pessoas que não compreendem que a discriminação racial é crime e alguns ainda usam o espaço na mídia para noticiar mentiras a meu respeito, ofender, menosprezar e propagar todo o seu ódio. Não deixaremos impune tais atos, trata se de um desrespeito absurdo, vergonhoso”, escreveu a cantora.
Neila Medeiros

Quando era apresentadora do Notícias da Manhã, do SBT, Neila Medeiros cometeu uma gafe e disse que aquele era “dia de branco, dia de trabalhar”, enquanto comentava o trânsito em São Paulo.
O comentário de racismo internalizado foi ainda mais polêmico porque foi feito um dia depois do feriado da Consciência Negra.
Paulo Henrique Amorim

Em 2009, o jornalista Paulo Henrique Amorim publicou no site “Conversa Afiada” que o jornalista da TV Globo Heraldo Pereira era “negro de alma branca” e que não conseguiu revelar nada além de ser “negro e de origem humilde”.
Paulo Henrique Amorim foi condenado por crime de injúria racial pela Terceira Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal. A pena ficou em 1 ano e 8 meses de prisão, mas foi substituída por restrição de direitos.