Ministério do Emprego terá mais de 200 cargos para indicação política
27 julho 2021 às 09h13
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Pasta criada por Medida Provisória (MP) será chefiada por Onyx Lorenzoni e conta com orçamento de R$ 700 bilhões
Desmembramento do Ministério da Economia dará origem ao Ministério do Emprego e Previdência, que terá maior orçamento de mais de R$ 700 bilhões – o maior da Esplanada – terá pelo menos 202 vagas que poderão ser ocupadas através de indicações políticas. A principal função da pasta será o pagamento de aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O ministério estará sob o comando do atual chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Onyx Lorenzoni.
Dos cargos a serem abertos, o ministro da Economia Paulo Guedes prometeu que irá manter a equipe técnica que já era responsável pelas áreas trabalhista e previdenciária antes do desmembramento. Ainda que não haja garantias que essa manutenção ocorrerá, ao todo, esses nomes podem representar um total de 60 vagas somadas a seis cargos da Dataprev, a estatal de processamento de dados do governo. No entanto, há a expectativa que as demais vagas sejam destinadas a aliados do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).
Ao todo, os salários dos cargos poderão variar entre R$ 13,6 mil e R$ 16,9 mil, além de contarem com outros benefícios. O novo ministério contara com gabinetes, assessoria parlamentar, ouvidoria, consultoria jurídica, assessoria de comunicação e outros departamentos.
Outros cargos ficarão à disposição da Casa Civil e de seu futuro ministro, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) para posteriores negociações. Entre eles, 27 superintendências regionais do trabalho dos estados, outras cinco superintendências e 104 gerencias-executivas do INSS. Por serem postos que atendem o cidadão de forma direta, acabam sendo cargos cobiçados.
Para que Ciro ocupe a Casa Civil, Bolsonaro deslocará o atual ministro da pasta, Luiz Eduardo Ramos, à Secretaria de Governo, chefiado por Lorenzoni. Chefe do novo ministério, Onyz Lorenzoni será responsável por gerir os contratos com a Dataprev, em prol de processar os benefícios do INSS, do seguro-desemprego e o Benefício Emergencial de manutenção do emprego. A pasta, criada por medida provisória (MP) que entra em vigor imediatamente, também precisa ser validada pelo Congresso em até 120 dias.
Informações de O Globo