Informação foi registrada em acordo de delação premiada. Dinheiro teria sido usado nas campanhas de 2010 e 2014

Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin| Foto: Du Amorim/ A2img
Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, teria recebido caixa 2 em campanhas de 2010 e 2014| Foto: Du Amorim/ A2img

A empreiteira Odebrecht afirmou em acordo de delação premiada firmado com a força-tarefa da Operação Lava Jato que teria pago caixa 2 em dinheiro vivo ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). O dinheiro teria sido destinado às campanhas eleitorais de 2010 e 2014. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Executivos da empreiteira afirmaram que não chegaram a discutir o assunto diretamente com Alckimin, mas os repasses teria sido feitos a duas pessoas próximas ao governador. Segundo relatos, R$ 2 milhões em espécie foram repassados ao empresário Adhemar Ribeiro, irmão da primeira-dama Lu Alckmin, em seu escritório, em São Paulo, em 2010.

Em 2014, um dos operadores do esquema de caixa 2 era Marcos Monteiro, hoje secretário de Planejamento do governo de São Paulo.

Ainda de acordo com a reportagem, um dos executivos que delatou o caixa dois de Alckmin é Carlos Armando Paschoal, ex-diretor da Odebrecht em São Paulo. Ele faz parte do grupo de 77 funcionários da empresa que assinaram acordo de delação premiada com a Lava Jato.

Geraldo Alckmin venceu as eleições para o governo de São Paulo em 2010,com 50,63% dos votos e em 2014 foi reeleito com 57% dos votos.

Em resposta, Alckmin afirmou por meio de assessoria que “é prematura qualquer conclusão com base em informações vazadas de delações não homologadas” e ainda que “apenas tesoureiros das campanhas, todos oficiais, foram autorizados a arrecadar fundos dentro do que determina a legislação eleitoral.”