Ela também afirma que a entrada no RRF ainda é incerta e estudos têm sido feitos para encontrar alternativas

Foto: Felipe Cardoso/Jornal Opção
Com a aprovação da autorização para que o Estado tente entrar no Regime de Recuperação Fiscal (RRF), Goiás poderá ficar seis meses sem pagar dívidas à União e aos bancos. No entanto, após esse período, a obrigação de pagar volta e, com isso, os juros.
Questionada pelo Jornal Opção, a secretária da Economia, Cristiane Schmidt, que tem como missão incluir Goiás em um plano de recuperação Federal, disse que isso ainda vai ser estudado. “Com prudência, agora não há muito o que declarar. É um momento de introspecção. Posteriormente poderemos dar declarações mais pertinentes sobre o assunto”.
Além disso, Schmidt reforçou que a adesão ao plano é apenas uma possibilidade ainda. “Se é que vamos ingressar ou não, tem ainda o Plano de Equilíbrio Fiscal (PEF), que está no Congresso, e tem medidas que já estamos fazendo de contenção de despesas”, disse.
Ela também afirmou que tem contado com a ajuda de entidades como a Adial para estudar alternativas para a Economia de Goiás. E disse que não há prazo para conclusão desses estudos. “Estamos fazendo as coisas de maneira responsável”, justificou.
A entrevista foi concedida em evento na Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg), na manhã desta quinta-feira, 11. Na ocasião, a titular foi provocada por representantes do setor que disseram que as pequenas e microempresas estão sofrendo.
Incentivos fiscais
Ela, por sua vez, voltou a falar em revisão de incentivos fiscais. “Temos R$ 8 bilhões de renúncia fiscal. Goiás é um dos estados brasileiros que mais concede incentivos. Não tenho dúvidas que esta é uma política importante. Não estou desmerecendo isso, mas precisamos rever esses números. Será que não tem gordura?”, indagou.
Os empresários, no entanto, questionaram essa medida e ressaltaram que o Estado do Espírito Sando tem levado empresas de Goiás. Schmidt disse que isso não se devia a incentivos, mas a políticas públicas de desenvolvimento e segurança jurídica. “É isso que o empresário quer”, pontuou.
Ela garantiu, ainda, que o Estado tem feito o possível para reduzir custos e recuperar a economia. “Temos feito revisão de contratos, mexido na máquina pública, já vendemos a frota de veículos, enfim, tudo. Mas isso não é suficiente pelo tamanho do buraco que temos. Esses valores são pequenos diante da gravidade do problema. Precisamos de uma economia na ordem de bilhão”.
Por fim, disparou aos empresários: “Meu sonho é poder permitir que Caiado consiga recursos para fazer investimentos ao longo de seu mandato”.
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