Aeroporto de Goiânia foi superfaturado em R$ 211 milhões, diz jornal
31 dezembro 2016 às 12h22

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Segundo O Estado de São Paulo, obra foi uma das em que houve pagamento de propina pela empreiteira Odebrecht
O Aeroporto de Goiânia, inaugurado em 2016, teria sido uma das obras em que houve pagamento de propina pela empreiteira Odebrecht, segundo informações do jornal O Estado de São Paulo. De acordo com cálculos do Tribunal de Contas da União (TCU), ela foi superfaturada em R$ 211,6 milhões.
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A obra teve início em 2005 e consumiu recursos da ordem de R$ 564 milhões. O aeroporto foi construído pela Odebrecht em parceria com a Via Engenharia e já havia sido alvo de suspeita de superfaturamento logo em 2006. Na época, o TCU apontou gastos excessivos de R$ 47 milhões, valor 80% superior ao custo real da obra.
Em outubro deste ano, o TCU abriu tomada de contas depois de descobrir que três aditivos haviam causado prejuízos de R$ 107,6 milhões. O objetivo era identificar os responsáveis pelos danos ao erário e cobrar o ressarcimento dos valores.
As auditorias do TCU seguem sendo feitas em dezenas de obras tocadas pela Odebrecht, cujos contratos teriam sido firmados mediante pagamento de suborno. Até agora, os valores pagos pela empreiteira em 12 países chegam a R$ 3,4 bilhões, propina que rendeu à ela lucros de R$ 6,3 bilhões.
Em resposta ao jornal, a Odebrecht se negou a comentar o caso, enquanto a Via Engenharia disse desconhecer as negociações que envolviam a parceira, que era a responsável pela administração do contrato. Por fim, a Infraero disse que já atua com o TCU para apurar corretamente os fatos, mas ainda não foi notificada pelas autoridades sobre a questão.