Força Aérea expediu notificação para o fechamento por falta de observância em critérios operacionais

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Elisama Ximenes

Por meio de uma “Notificação aos Aeronavegantes”, a Força Aérea fechou o Aeródromo Nacional de Aviação de Goiânia nesta terça-feira (17). O motivo foi a falta de observância em critérios operacionais, que “constam na Instrução de Comando de Aeronáutica sobre Rádio Comunicação e falhas no auxílio à navegação”.

O presidente da Comissão de Direito Aeronáutico da OAB-GO Georges Ferreira relata que, anteriormente, a Força Aérea havia expedido um aviso aos aeronavegantes para que se preparassem para a implantação de uma Zona Básica de Proteção Aeroportuária. A nota foi expedida depois que a Infraero fez um Relatório de Prevenção (Relprev) pedindo uma melhor atuação na proteção aeroportuária. As obras estavam sendo realizadas, mas depois de um novo Relprev, decidiu-se pelo fechamento.

“Eu acredito que ele só volte a ser aberto depois que a zona estiver pronta”, afirmou o presidente. Segundo ele, faltam cerca de 30 dias para que a torre de controle fique pronta. Por ora, quem dependia do aeródromo recorre a alternativas, entre elas o Aeorporto de Goiânia e o Aeroporto de Anápolis. No entanto, para Ferreira, essas alternativas não são suficientes, haja vista a manutenção que é feita no aeródromo de Goiânia.

Ferreira afirma que, hoje, há mais de 100 hangares no aeródromo que estão prejudicados com o fechamento. Além disso, também comporta 20 oficinas aéreas. O aeródromo é administrado hoje pela Agetop, que é dona das pistas de decolagem, e por um condomínio, chamado de Escolinha SWMV, que cuida de todo o resto.

O síndico do condomínio Pedro Misael Alves afirma que o Estado não observou as condições necessárias e que foi preciso a Escolinha SWMV assumir a responsabilidade da torre de controle. “Nós então colocamos em prática a construção e cumprimos com o cronograma, no entanto, fomos surpreendidos com as notificações”, explica. Segundo ele, o impacto é significativo tanto para as empresas que fazem manutenção de seus aviões no aeródromo, quanto para a própria administração do espaço que conta com 50 empregos diretos.

“Fizemos tudo de acordo com o prazo estabelecido, estamos agora correndo atrás de favores políticos para que tenhamos o direito de reabrir o aeródromo”, explica. De acordo com o síndico, foi permitido apenas a decolagem de aviões para a retirada do aeródromo em um prazo de dois dias. Sobre o impacto econômico, Alves afirma que ainda não tem um levantamento aprofundado, mas explica que o aeródromo realiza 800 pousos e decolagens mensais e faz manutenção de cerca de 70 aviões por mês, por meio de 28 empresas de manutenção.

O Jornal Opção entrou em contato com a Agetop, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.