O Estado de Goiás é um celeiro de profissionais de alto nível, da arquitetura à oftalmologia, do piano à política, do empreendedorismo ao direito. Neste último, os destaques estão desde o Poder Judiciário à advocacia e aos Ministérios Públicos. Veja-se o caso de Demóstenes Torres, que voltou a sua atividade de juventude, advogado, e fez muito bem para a atividade. Pelo noticiário, mais ainda para seus clientes.

Demóstenes foi professor de ensino básico ao superior e advogou até ser aprovado em concursos para delegado de polícia e promotor de justiça. Preferiu o Ministério Público, onde ficou até se aposentar, há cinco anos. Nesse ínterim, foi procurador-geral de Justiça, secretário de Segurança Pública e Justiça e senador mais votado de Goiás em duas eleições.

Como advogado, mantém o nível de interesse do público como nos demais cargos, em que conseguiu desempenho de repercussão nacional. Recentemente, escreveu ao lado de ministros do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça, além de outros juristas de Brasil e Portugal, o livro “No Bicentenário da Constituição de 1824”, lançado no STF pela Livraria Resistência Cultural Editora. É autor de outras tantas obras jurídicas e literárias.

As 189 leis de sua autoria e os 2 mil relatórios a projetos de outros parlamentares certamente ajudam a fundamentar as teses que apresenta na defesa de seus clientes. Por isso, tem conseguido vitórias importantes, inclusive em casos rumorosos. No inquérito que apura os atos do 8 de Janeiro, por exemplo, Demóstenes já advogou para o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e representa outros manifestantes, como a cantora gospel Fernanda Óliver, chamada de Musa do Golpe.

Saem na mídia constantemente as decisões de tribunais em que os escritórios de Demóstenes em Goiânia e Brasília patrocinam as causas, desde operações policiais até processos que mudam a jurisprudência de tribunais superiores. Além de estudioso e dedicado, Demóstenes dedica-se à formação da equipe. Por isso, o que se lê hoje como problema insolúvel, amanhã aparece a defesa com versão totalmente inovadora para livrar o acusado, de uma forma que não se pensou, mas que até o público leigo entende que foi erro (ou busca de holofote mesmo) de certas autoridades. Por esse viés, o Brasil perdeu um grande senador — chegou a ser cotado para disputar a Presidência da República —, mas ganhou um excelente advogado.