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Mesmo defendendo a libedade de protestar, deputada do PT criticou ataques à presidente Dilma, uso de palavras de baixo calão e a indignação seletiva

Deputada Adriana Accorsi critica uso de palavras de baixo calão | Foto: Fernando Leite / Jornal Opção
Deputada Adriana Accorsi critica uso de palavras de baixo calão | Foto: Fernando Leite / Jornal Opção

Deputada estadual e pré-candidata à Prefeitura de Goiânia, a petista Adriana Accorsi criticou os ataques à presidente Dilma Rousseff e ao ex-presidente Lula durante a manifestação do último domingo (13/3). Segundo ela, todos estão indignados com a corrupção, “em todas as instituições”, mas não é justo tentar fazer parecer que o PT é o único envolvido: “Na verdade, a maioria dos escândalos não é do nosso partido”.

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Uma das mais bem votadas parlamentares de Goiás, a delegada licenciada fez questão de ressaltar que respeita o direito de manifestar dos cidadãos. “Fiz parte da luta, meu pai fez, para termos um País que conviva democraticamente com as divergências e permita que todos possam expressar suas opiniões”, ressaltou. Contudo, ela alerta para atitudes preocupantes aferidas no protesto.

“Houve discriminação das pessoas mais humildes, ficou evidente a ausência de negros e pobres. Só brancos, ricos e elitistas, que manifestam um descontentamento com um governo que tem claramente preferência por privilegiar e incluir a população de baixa renda”, argumentou.

Outro ponto repudiado pela deputada goiana é a quantidade de xingamentos durante as manifestações: “Usam palavras de baixo calão contra a presidenta Dilma e o ex-presidente Lula na frente de crianças. Fazem acusações, discursos de ódio. Manifestação de uma ignorância e facismo sem tamanho”.

Em todo o Brasil, estima-se que pelo menos 3 milhões de pessoas foram às ruas protestar contra o governo federal e pedir o impeachment de Dilma. Em Goiânia, 60 mil manifestantes, segundo a Polícia Militar, caminharam entre a Praça Tamandaré e a sede da Polícia Federal. Embora os partidos de oposição tenham convocado o povo para ir às ruas, por aqui, os únicos herois foram Sérgio Moro e o “japonês da Federal”.

Questionada sobre a hostilização sofrida pelo senador e principal nome da oposição, Aécio Neves (PSDB-MG), e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), na manifestação da Av. Paulista, Adriana Accorsi avalia que, mesmo assim, são eles que encabeçam (e financiam) os protestos. “Independente de terem sido vaiados por algumas pessoas, sabemos que eles são líderes do movimento que quer tirar a legitimidade de uma eleição democrática. Demonstra até desinformação desses que foram às ruas”, completou.

A deputada petista também levantou o questionamento da indignação seletiva das pessoas, que protestaram apenas contra o PT: “Para você ver, tinha padre condenado por corrupção, usando batina, na manifestação. Vi políticos goianos que são alvos de investigação no meio. Quer dizer, ninguém tem direito de apontar dedo e dizer que é santo. Respeito as manifestações e as opiniões diferentes da minha, mas é preciso respeitar, também, que fomos eleitos”.