Adriana Accorsi coloca bloco na rua para ser candidata do PT em Goiânia
04 janeiro 2016 às 17h14
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Deputada estadual trabalha para sair na frente dos outros quatro nomes apresentados no partido para suceder Paulo Garcia em Goiânia
Com o uso do argumento de que foi a deputada estadual do PT mais votada em 2014, a delegada da Polícia Civil Adriana Accorsi, de 43 anos, coloca sua pré-candidatura a prefeita de Goiânia na rua e aguarda o respaldo da sigla. “Eu espero realmente ser a escolhida pelo meu partido.”
Adriana atingiu 43.424 votos na eleição passada, quando superou os deputados estaduais eleitos pelo PT Humberto Aidar, que recebeu 28.093, e Luis Cesar Bueno (20.290), também pré-candidatos petistas na eleição majoritária da capital.
Além de Adriana, Aidar e Bueno, a deputada disputa a indicação do partido com os ex-candidatos a deputado federal Edward Madureira (58.865), que foi reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG), e a também derrotada na eleição para o Senado Marina Sant’Anna (298.589 votos).
Dos votos de Goiânia, Adriana recebeu 31.528 e ficou na segunda posição na capital entre os deputados estaduais eleitos. Aidar atingiu 12.046 e Bueno 3.363 do eleitorado de Goiânia.
Já o derrotado candidato a deputado federal Edward conseguiu 32.213 votos e a ex-senadoriável Marina 79.064 (terminou em terceiro lugar) na capital.
De acordo com Adriana, as discussões no PT estão avançadas para definir quem será o candidato do partido em Goiânia. A intenção da deputada é a de que os cinco pré-candidatos participem das reuniões setoriais por área de atuação na cidade com as bases e lideranças petistas na capital.
“As conversar estão acontecendo no debate com a militância. Já estou trabalhando para ser a candidata.” Entusiasmada, Adriana vê o momento como de aprofundamento nessa disputa interna.
PT e PMDB
Ela não enxerga que haja um cenário de manutenção da coligação com o PMDB após a atitude do vice-prefeito Agenor Mariano (PMDB) de se afastar do prefeito Paulo Garcia (PT). “O entendimento de momento é de que não vai acontecer essa aliança”, declarou.
Para Adriana, houve falta de “respeito” e “gratidão” de Agenor com Paulo ao abandonar a base do prefeito dentro da prefeitura. “Isso tem um peso muito grande. O PMDB tem sido tratado com lealdade pela administração”, afirmou a deputada.
Desgaste de imagem
Sobre as críticas ao PT pela imagem do governo federal para o eleitorado brasileiro, a pré-candidata a prefeita defende que a hora é de o partido se mostrar capaz de administrar e fortalecer o combate “de forma rigorosa”.
“Como delegada, eu tenho acompanhado o trabalho da polícia para combater a corrupção.” Para Adriana, a eleição de 2014 “oportunizou” um ataque muito grande ao PT e o governo federal. “É um desgaste natural pelos muitos anos de gestão”, explicou.
O que cabe ao partido, segundo a deputada, é mostrar a capacidade de administrar, que Adriana disse ter para ser a candidata do PT em 2016 na capital.