Administradora é presa suspeita de estelionato contra Prefeitura de Hidrolândia
Pedro Moura
27 maio 2025 às 12h09
COMPARTILHAR
A administradora da empresa MJ Serviços foi presa nesta terça-feira, 27, suspeita de praticar crimes de estelionato contra trabalhadores terceirizados e a Prefeitura de Hidrolândia, na Região Metropolitana de Goiânia. A investigada foi localizada e detida pela Polícia Civil (PC) em Planaltina de Goiás, no Entorno do Distrito Federal.
LEIA TAMBÉM
Prefeitura de Pilar de Goiás é alvo de operação da Polícia Civil por desvios na saúde
A empresa também é investigada pela mesma prática contra a Prefeitura de Unaí, em Minas Gerais. A ação faz parte da Operação Sem Salário, que apontou prejuízo provocado pela MJ Serviços de R$ 150 mil aos cofres públicos e R$ 200 mil aos trabalhadores terceirizados.
De acordo com o delegado Sérgio Henrique Alves, embora a MJ Serviços tenha recebido regularmente os valores correspondentes ao contrato administrativo — cerca de R$ 115 mil por mês —, deixou de adimplir as obrigações trabalhistas, não efetuando o pagamento dos salários e verbas rescisórias dos empregados, encerrando abruptamente as atividades.
“É uma empresa de terceirização de faxineiras, porteiros. O contrato foi firmado no ano passado com a prefeitura, mas as verbas sociais foram recolhidas apenas uma vez. Não há crime praticado pelo município”, explica o delegado.
Apenas em Goiás, 29 trabalhadores ficaram sem receber os valores referentes aos trabalhos prestados em abril. Em Minas Gerais, as vítimas chegam a cerca de 30, conforme Sérgio.
A administradora, apontada como “laranja” pela PC, é investigada por estelionato praticado contra a administração pública. A corporação também representou pela prisão de suspeitos supostamente ligados ao esquema, a fim de chegar ao “cabeça”.
“A empresa estava no nome dela, mas ela é laranja, não a dona. Eles montam a empresa no nome de outras pessoas, fazem um financiamento bancário e, então, conseguem firmar um contrato com o Estado ou com a prefeitura para levantar valores em bloco. Depois aplicam o golpe em todo mundo”, concluiu.
O Jornal Opção entrou em contato com a Prefeitura de Hidrolândia para que se posicionasse. A defesa da responsável pela empresa não foi localizada.
