Aliança permitia que governos optassem por uma adesão que variasse entre 10% e 50% da população

A decisão do governo federal de aderir à aliança mundial de vacinas (Covax) mantém o poder do governo brasileiro de optar por dar prioridade ao seu acordo bilateral já fechado com a AstraZeneca. A adesão ao projeto foi confirmada na noite de sexta-feira, 18.

Detalhes do acordo fechado obtidos pelo UOL apontam para uma compra de 42 milhões de doses por parte do governo brasileiro. Mas existe a possibilidade de que sejam necessárias duas doses da futura vacina por pessoa. Portanto, a compra significaria, nesse caso, que o abastecimento será suficiente para apenas 10% dos brasileiros.

A aliança permitia que governos optassem por uma adesão que variasse entre 10% e 50% da população. Uma vez comprometido com o valor, o governo não poderia mudar de ideia. O Brasil optou pelo menor volume permitido na aliança.

O consórcio de vacinas conta com acordos com nove empresas diferentes, apostando que o produto de uma delas ainda em testes vingará. Uma das empresas é a AstraZeneca.

Se a primeira vacina que chegar ao mercado for da empresa, o Brasil poderá optar por apenas manter seu acordo bilateral de compra de vacinas, abrindo mão do fornecimento por parte da aliança. (Com informações do UOL)