Ação do MPDFT que apura crimes na contratação de UTIs faz busca e apreensão em Goiás
18 agosto 2021 às 09h38

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Foram expedidos 61 mandados para cumprimento em cidades de seis estados e no Distrito Federal

A Operação Ethon foi deflagrada, na manhã desta quarta-feira (18), para apurar crimes em contratação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pelo Instituto de Gestão Estratégica em Saúde do Distrito Federal (Iges-DF). A ação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) cumpriu 61 mandados de busca em apreensão em seis estados e no Distrito Federal. Além de Goiás, a investigação envolveu estados do Amazonas, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo e Tocantins.
A investigação, conduzida pelo MPDFT, revelou um esquema instalado no Iges-DF que resultou no desvio de milhões de reais em dois contratos destinados ao fornecimento emergencial de leitos de UTIs. As irregularidades teriam ocorrido no período entre março e outubro de 2020.
As empresas contratadas foram a DOMED e a Organização Aparecidense de Terapia Intensiva (OATI). As duas são responsáveis por 80 leitos de UTIs, 50 no Hospital Regional de Santa Maria, 20 no Hospital de Base e 10 na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de São Sebastião.
Além de superfaturamento, as investigações apontaram que as empresas não forneceram insumos, medicamentos e mão de obra em quantidade e qualidade exigidos. A consequência foi altíssimas taxas de mortalidade nos leitos de UTIs de alguns hospitais administrados pelas responsáveis.
Para o cumprimento dos mandados, o MPDFT teve apoio da Policial Civil do Distrito Federal, dos Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) dos estados envolvidos e do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (DOPE/PCSP).
Abaixo, fotos da apreensões da operação do MPDFT, em Goiânia




