Além do medo de contaminação, Denis Egídio, presidente do Sindicato de Academias, explica que clientes também não retornaram por limitações impostas por decretos

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Apesar dos decretos municipal e estadual autorizarem a retomada das academias, após quase um semestre de fechamento decorrente da pandemia, os alunos e frequentadores ainda não se sentem seguros para retornar aos ambientes esportivos fechados, é o que diz o presidente do Sindicato das Academias de Goiás (Sindac-Go), Denis Egídio.

“Quem tinha cem alunos, voltaram 20. Quem tinha 200, voltaram 40. Todo dia fecha uma academia. As pessoas ainda não voltaram por medo. A gente liga, alguns falam que vão voltar no final do ano, outros em novembro, outros apenas quanto tiver vacina”, afirma.

Segundo ele, os espaços estão tomando todas as providências exigidas pelos decretos para que tornar a atividade física mais segura durante a crise do coronavírus, mas o cumprimento dos protocolos ainda não foi suficiente para convencer a maioria das pessoas.

“O nosso custo aumentou em cerca de 20% e a clientela caiu em 80%.
As pessoas estão nos parques, nos bares, nos ônibus lotados, nos supermercados… Em um ambiente como academia, estão com medo. E são ambientes super controlados. Mesmo assim as pessoas preferem ir para outros locais lotados que para as academias”, disse.

Ele conta que não o setor, ao contrário de outros, não possui alternativas para sobreviver diante da crise. “Não temos o que fazer. Aqueles que trabalham fora da academia, vão para os parques. Os que trabalham dentro, estão sendo demitidos um a um”, conta.

Denis diz que um dos prejuízos para esses locais é, até mesmo, a limitação da higienização, já que o protocolo impede que as pessoas tomem banhos nas academias. “Algumas regras limitam. Não poder tomar banho, é um deles. Por exemplo, o cliente que iam daqui para escola ou trabalho já não vem. Vários me ligam perguntando e digo que não posso permitir”, relatou.

” Outro exemplo é que minha academia é voltada para criança e idoso, o idoso não pode voltar, então 60% dos meus clientes não vão voltar. Várias regras nos prejudicam”, falou.