ABMCJ-Goiás pode ter mulher negra na presidência
21 novembro 2022 às 19h04
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Pela primeira vez uma mulher negra concorre à presidência da Associação Brasileira de Mulheres de Carreira Jurídica em Goiás (ABMCJ-Goiás). A advogada aposentada da AGU e atual vice-presidente da Associação Brasileira de Mulheres de Carreira Jurídica em Goiás (ABMCJ-Goiás), Maura Campos Domiciana, encabeça a chapa União e Inclusão, que concorre à diretoria da instituição para o triênio 2023/2026 no dia 7 de dezembro.
De acordo com Maura, a chapa veio para garantir os princípios da igualdade, união, respeito, transparência dos atos, justiça social, democratização, enfrentando o racismo e a todas as formas de violência e discriminação, entre outras coisas.”Acima de tudo, buscamos fortalecer a ABMCJ-GO e as mulheres de carreira jurídica. Um dos meus grandes objetivos, como mulher negra de carreira jurídica, é tornar a advocacia mais inclusiva, tanto para profissionais como para os clientes. Apresentamos propostas claras, dando maior visibilidade para a associação” explicou.
Concorrendo como vice-presidente na chapa de Maura está a desembargadora aposentada Elza Cândida da Silveira, ex-presidente do Tribunal Regional do Trabalho de Goiás. Elza Silveira primeiro atuou como professora primária da rede estadual paulista e, depois de uma jornada profícua fez carreira no judiciário trabalhista antes de se tornar desembargadora, buscando sempre acabar com as formas de discriminação contra as mulheres. “Com a união entre mulheres experientes e a nova advocacia feminina buscamos fortalecer a ABMCJ-GO”, disse Maura.
Maura explica ainda que uma das bandeiras de sua chapa será implementar uma rede de ação coordenada com advogadas, promotoras, delegadas, juízas, psicólogas, assistentes sociais e equipe multidisciplinar para atendimentos nas áreas de enfrentamento àviolência doméstica, mulheres com idade de sessenta mais e empreendedoras jurídicas. “Um dos problemas atuais é a questão do etarismo e que precisamos olhar para isso com sensibilidade. Atitudes e ações dificultam a aceitação e acentuam a negação da velhice. A discriminação por idade também é forte em sistemas onde a sociedade aceita a desigualdade social”, comenta Maura.
Além disso, a candidata à presidência da ABMCJ –GO fala que é necessário promover maior diálogo interno na entidade, com programas de grupos reflexivos, desenvolver oportunidades e possibilidades para todas.
Apoiar campanhas educativas sobre gravidez na adolescência, paternidade responsável, atendimento humanizado a vítima de violência sexual, vítima de racismo, assédio moral no ambiente do trabalho e outros.
Sobre a FIFCJ
A Federação Internacional de Mulheres de Carreira Jurídica (FIFCJ) é uma Organização não Governamental (ONG) de Mulheres Juristas, fundada em Paris, em 1928. Seu objetivo é lutar pela erradicação de todas as formas de discriminação contra as mulheres e promover os direitos humanos. É considerada a maior ONG feminina do mundo, entre outros motivos, por filiar associações nacionais de mulheres, juristas e membros individuais em 79 países na Europa, América, Ásia e África. A FIFCJ possui um lugar consultivo junto ao Conselho Econômico e Social das Nações Unidas, desde 1961 e colabora com ECOSOC, UNESCO, UNICEF, FAO e OIT.