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Washington Luís foi o último Presidente da República Velha. Ele foi deposto pela Revolução de 1930. Quando os revolucionários chegaram ao Rio de Janeiro, Washington estava no Palácio Guanabara. Foi preciso o arcebispo carioca Dom Sebastião Leme ir até lá convencê-lo a se entregar. O presidente deposto saiu preso do Guanabara em direção ao Forte de Copacabana e de lá partiu para o exílio nos Estados Unidos.

As moças diziam que Washington Luís rompeu com a política do café com leite não porque era um café ou um leite, mas sim um pão. Muito antes de Fernando Collor de Mello, Washington Luís já era um presidente bonitão. Nascido em Macaé (RJ), ele fez sua carreira política em São Paulo, por isso sua chegada à Presidência se deu pela representação paulista. Washington foi deputado, senador, prefeito da Cidade de São Paulo e governador do Estado de São Paulo. Não era só uma carinha bonita, ele tinha uma trajetória política.

Para Washington Luís, “governar é abrir estradas”. Em 1928, ele inaugurou a Rodovia Rio-São Paulo, reduzindo o tempo da viagem entre a capital paulista e a capital federal. No ano seguinte, enfrentou a crise do café em decorrência da queda da Bolsa de Valores de Nova York. Quando chegou o ano eleitoral de 1930, ao invés de escolher um mineiro para a sua sucessão, Washington indicou o paulista Júlio Prestes como seu sucessor acabando com a política do café com leite.

Com a sua deposição em outubro de 1930, Washington Luís saiu da vida pública e se dedicou ao estudo da História. Ele morreu no dia 4 de agosto de 1957, em São Paulo.

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