Relatório técnico teve parecer favorável na Casa, mas ainda precisa passar pelo Plenário para ser validado. Em Goiás, decisão deve influenciar diretamente na lista de candidatos

Os partidos políticos e federações tem até o dia 5 de agosto para realização das convenções que definem os candidatos aos cargos executivos e legislativos disputados nas eleições de outubro. Entre eles, estão inclusos os senadores, que aguardam a decisão sobre a possibilidade de candidaturas isoladas para definir se podem ou não lançar o nome às urnas, a depender da liberação. Apesar da aproximação do prazo, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ainda não tem a discussão na agenda.

No site do Tribunal, onde é possível ter acesso à agenda de votações, o processo referente à consulta do deputado federal e pré-candidato ao Senado, Delegado Waldir Soares (União Brasil), não aparece na agenda. Consultado pelo Jornal Opção, o TSE confirmou que não há previsão para votação da pauta, apesar da aproximação do prazo para oficialização de candidaturas. Anteriormente, o Tribunal já emitiu parecer favorável às candidaturas, assinado pela chefe da assessoria consultiva do tribunal, Elaine Carneiro, mas ainda precisa julgar o processo em plenário.

Em Goiás, a decisão deve impactar diretamente as candidaturas dos pré-candidatos aliados do governador Ronaldo Caiado (UB), que conta com cinco interessados em compor chapa majoritária. Os principais afetados devem ser aqueles que dividem partido com Caiado e o pré-candidato a vice-governador Daniel Vilela (MDB): Delegado Waldir e Zacharias Calil, ambos do União Brasil. Eles só podem disputar o mesmo pleito se o TSE permitir as candidaturas isoladas, uma vez que pertencem à mesma coligação.

Por outro lado, as pré-candidaturas de Alexandre Baldy (PP), Lissauer Vieira (PSD) e Luiz do Carmo (PSC) podem ser menos impactadas. Isso porque pertencem a legendas ainda não coligadas com o governo para chapa majoritária, o que já permite a liberdade candidatura. Em caso de impedimento de projeto isolado ao Senado, no entanto, e ausentes da chapa governista, os candidatos teriam que formar chapa sem aliados da coligação de Caiado, nem mesmo na suplência. Em cenário de candidaturas isoladas barradas pelo TSE, então, a corrida ao Senado perderá ao menos dois nomes no Estado.