94% das cidades com mais de 100 mil habitantes já registram Covid-19, segundo pesquisa da Fiocruz
21 abril 2020 às 18h02
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Nesta terça-feira, 21, Brasil registra 2.741 mortes e 43.079 casos confirmados de coronavírus
Um estudo realizado por cientistas da Fiocruz aponta que, entre as cidades que têm mais de 100 mil habitantes, 94% já apresentam casos do novo coronavírus no Brasil. Todos os municípios com mais de 500 mil habitantes já têm casos da doença e, os que têm população entre 50 mil e 100 mil habitantes, são 60%.
Os dados foram analisados a partir do sistema Monitora Covid, que estuda o avanço da pandemia, lançado pelo Laboratório de Informação em Saúde da Fiocruz. Uma das conclusões da pesquisa é que o número de municípios com a presença de casos já alcançou os locais mais remotos do país.
Segundo a fundação, as cidades menores são as mais preocupantes porque não apresentam suporte de saúde, ou prestam serviço a municípios ainda menores, sem infraestrutura de saúde. “O tratamento dessas populações vai depender dos municípios maiores que, por sua vez, também lidam com os casos de suas próprias populações”, diz o estudo.
Já os municípios que ainda estão sem casos e não adotam medidas de combate, como o isolamento social e fechamento do comércio, podem estar contribuindo para aumentar a velocidade de contaminação, uma vez que atraem populações de municípios maiores à procura de serviços, segundo o órgão.
A Fiocruz também verificou que a pandemia segue em alto crescimento no número de casos em estados como Rondônia, Piauí, Alagoas, Pará, Amapá, Maranhão e Pernambuco.Porém, entre as semanas de 29 de março a 4 de abril, 5 a 11 de abril e 12 a 16 de abril, houve uma desaceleração em estados das regiões Sudeste e Sul.Segundo a fundação, o decréscimo pode ter relação com as medidas de isolamento social, comparando com outros países que adotaram comportamento similar.
Casos
De acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira, 19, País registra 2.741 mortes. Há 43.079 pacientes confirmados com a doença. A taxa de letalidade é de 6,4%.