Luiz Carlos do Carmo é contra expulsões e diz que conselho poderia ter pedido sua desfiliação também, porque foi “quem mais trabalhou para Caiado”

Foto: Fábio Costa/Jornal Opção

O senador Luiz Carlos do Carmo (MDB), em entrevista ao Jornal Opção, criticou a expulsão dos prefeitos dissidentes do partido, no último mês. Ele afirma que não foi a favor do afastamento e que chegou a falar com o presidente da sigla, Daniel Vilela, sobre o assunto.

“Daniel, não expulsa os prefeitos. Eu me tornei senador, pelo apoio do Caiado”, contou sobre como falou ao presidente. Para o ele, o partido só tem um representante na esfera nacional graças ao atual Governador, já que o MDB não elegeu nenhum deputado federal.

Ele disse, ainda, que entrou com um pedido para que os expulsos retornem ao partido. “É muito injusto o que está sendo feito, vamos organizar isso, e eu acho justo voltar com os prefeitos que apoiaram o Caiado”. O caso será estudado pela Diretoria Nacional, conclui Luiz.

Os gestores Adib Elias (Catalão), Fausto Mariano (Turvânia) e Paulo do Vale (Rio Verde) foram expulsos do MDB, após decisão do conselho de ética do partido, que decidiu pelo cancelamento das suas filiação. O processo foi instaurado devido ao apoio dos prefeitos à candidatura de Ronaldo Caiado (DEM) na última eleição.

Sobre a candidatura de Daniel Vilela ao Governo de Goiás, o senador afirmou: “Ele achou que era a vez dele, como era jovem, pensou que podia ter mais efeito na política, e não teve”. Luíz fez, ainda, um apanhando sobre as condutas de seu partido: “O MDB fez tudo errado até hoje, ‘salto alto’, pensava que não podia se unir com ninguém, e cometemos esse mesmo erro com Ronaldo Caiado”.

“80% do MDB não apoiou Daniel Vilela em sua candidatura, em 2018. Poderiam ter pedido minha expulsão também, eu fui o que mais trabalhou para o Caiado”, alegou o senador. Ele diz ainda, que o movimento de membros de um partido apoiarem outro candidato aconteceu em todo o País, mas somente em Goiás houve expulsões. “Vamos lutar para tornar (o partido) unido de novo”, conclui.