43% das fraudes financeiras envolvem criptomoedas e WhatsApp é a principal fonte de divulgação, revela pesquisa
06 setembro 2021 às 11h21

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A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), enviou 325 comunicados de indícios de crimes financeiros aos Ministérios Públicos, número 75% maior em relação ao ano anterior

O grande número de fraudes relacionadas a esquemas de pirâmides financeiras, tem sido motivo de preocupação para a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que recebe consultas e denúncias de esquemas. Segundo reportagem do jornal Estado de S. Paulo, somente no ano passado, o “xerife do mercado” enviou 325 comunicados de indícios de crimes financeiros aos Ministérios Públicos, 75% a mais em relação ao ano anterior.
Dos 325 comunicados enviados, 175 tinham indícios do esquema de pirâmides financeiras, que é um esquema pelo qual novos investidores pagam pelos ganhos elevados dos mais antigos, até que o negócio “estoura”, quando o novo dinheiro que entra é insuficiente para sustentar os lucros.
A CVM realizou uma pesquisa com vítimas de pirâmides financeiras e outros golpes, identificando que as vítimas mais comuns são homens (91%), de 30 a 39 anos (36,5% do total), com renda familiar de dois a cinco salários mínimos (23%) e ensino superior completo ou pós-graduado (71%). As criptomoedas aparecem no topo da lista das fraudes financeiras.
O levantamento mostra ainda que esse foi o ativo usado em 43% dos esquemas. A divulgação das fraudes é mais frequente por aplicativo WhatsApp (27,5%), seguido pela divulgação boca a boca (19,7%).
A CVM, que é um regulador de mercado financeiro, comunica às Promotorias os indícios de “ilícito penal de ação pública”. Mas, por ser uma esfera administrativa, e não criminal, investiga apenas casos com “existência factual de serviço prestado ou de efetivo negócio ou empreendimento subjacente”.
*Com informações do Jornal Estado de S. Paulo (Estadão)