3ª dose de Coronavac não protege contra Ômicron, dizem pesquisadores de Hong Kong
23 dezembro 2021 às 14h40
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No Brasil, o Ministério da Saúde orienta que a 3ª dose deve ser preferencialmente de Pfizer, mas também recomenda AstraZeneca e Janssen
Comunicado publicado nesta quinta-feira, 23, por pesquisadores de Hong Kong, afirma que três doses do imunizante contra Covid-19 Coronavaz não produzem os níveis de anticorpos adequados para combater a nova variante Ômicron. A análise em questão avaliou que tomar uma dose reforço da Pfizer seria mais eficaz em pessoas que tomaram a primeira e a segunda dose da Coronavac.
Não foi informado pelos pesquisadores quantas amostras foram utilizadas durante o estudo feito em laboratório. No Brasil, o próprio Ministério da Saúde chegou a orientar que as doses de reforço devem ser realizadas preferencialmente com o imunizante da Pfizer. No entanto, as vacinas da AstraZeneca e da Janssen também são aceitas. A Coronavac não aparece nas orientações para doses de reforço.
Estudo publicado pela própria farmacêutica AstraZeneza, com base em pesquisa de laboratório da Universidade de Oxford, mostra que os níveis de anticorpos produzidos após uma terceira dose da AstraZeneca também neutralizam a variante Ômicron. Os efeitos foram similares aos níveis de proteção alcançados após duas doses contra a variante Delta.
No anúncio, a farmacêutica anglo-sueca afirmou que “os níveis observados após uma terceira dose foram maiores do que os anticorpos encontrados em indivíduos que haviam sido previamente infectados e se recuperaram naturalmente” das variantes Alfa, Beta, Delta e linhagens originais do SARS-CoV-2.