Está procurando uma série para maratonar, pensar e rir? Venha! Vamos te mostrar 3 séries muito boas de comédia para assistir

Uma aquisição extremamente útil desde março de 2020 para todos os brasileiros (e demais habitantes do Planeta Terra) é o serviço de streaming. Netflix, Vivo Play, Google Play, Globo Play, Prime Video, Disney +… não importa! As plataformas estão conquistando cada vez mais nossos corações e se tornaram essenciais durante o período de isolamento social.

Mas nem sempre a gente consegue encontrar o que tem de bom nos catálogos. Por isso vamos fazer regularmente uma lista do que ver nessas plataformas. A de hoje tem um tema legal: séries de comédia inteligente. Está procurando uma série para maratonar, pensar e rir? Venha! Vamos te mostrar 3 séries muito boas de comédia para se ver no Prime Video.

1 – Fleabag

Fleabag – Foto: Reprodução/Prime Video

Fleabag é uma série britânica, criada por Phoebe Waller-Bridge, que a protagoniza. O nome da personagem principal? A gente não sabe, isso nunca é revelado. Mas você pode chama-la de “Fleabag”. A palavra é um xingamento, um pejorativo, qualquer coisa ofensiva como um saco de pulgas, algo barato ou que não valha muita coisa.

A série conta a história de uma mulher de 33 anos com problemas de relacionamento. É uma série cômica, mas com um fundo dramático. Fleabag, nossa protagonista, perdeu recentemente a melhor amiga e sócia de uma forma bastante incomum. A amiga iria fingir um suicídio para chamar a atenção do ficante, mas acabou morrendo de verdade. A estrela do show também perdeu a mãe há pouco tempo. Além disso, o pai vai se casar com uma mulher que ela detesta.

A madrasta é interpretada pela brilhante Olivia Colman, que ganhou o Oscar de melhor atriz pelo filme A Favorita e o Emmy de atriz coadjuvante por essa série, em 2019. Fleabag ainda tem um relacionamento estranho com a irmã, que é seu oposto, mas que no fundo é sua melhor amiga.

A protagonista é dona de uma cafeteria falida e sua vida financeira está destruída. Os relacionamentos também são completamente conturbados. Numa tentativa de evitar se aproximar ou ter intimidade com pessoas, ela procura compulsivamente relacionamentos rasos com homens errados. Fleabag usa o sexo pra fugir de seus reais problemas. Apesar de tudo isso parecer horrível e trágico, a história é contada com um humor muito absurdo e inteligente, o que torna essa série incrível e estranhamente super engraçada.

2- Crise em Seis Cenas

Crise em seis cenas | Foto: Reprodução/Prime Video

Amado ou odiado, Woody Allen é dono de seu próprio padrão. Um símbolo de autenticidade. Embora muita gente tente produzir conteúdos parecidos com o dele, nada se iguala ao seu estilo único de criar cinema. Em “Crise em Seis Cenas”, Woody Allen mistura seu tradicional e velho alterego, conhecido de seus filmes (e que muito se assemelha a ele próprio), com suas angústias, paranoias e idiossincrasias. À isso, ele mistura sua própria concepção degradante do que seria um produto feito para a televisão. Woody Allen deixa claro nessa série que acredita que TV é inferior ao cinema, em sua própria opinião ultrapassada.

A série gira em torno de Sidney e Kay, um casal de idosos, classe média e branco norte-americano, que vive no subúrbio de Nova York e, apesar de terem uma mentalidade mais voltada para a esquerda, vivem em sua bolha de consumismo, conforto e aceitação do sistema político vigente. Acreditam que a realidade se muda por meio passivo, com o voto na urna a cada eleição, mas o próprio Sidney sequer tem registro de eleitor.

Na casa deles, o jovem Allan também contempla a mesma visão de mundo. Ele é uma visita e está de passagem. Até que no universo dessas pessoas, que a internet chama de “esquerda caviar” ou “esquerda festiva”, chega Lennie. Iinterpretada por Miley Cyrus, a jovem é cheia de opinião e ideologias ultra esquerdistas. Procurada pelo FBI por terrorismo, ela se abriga na casa desse casal e chacoalha a bolha, a zona de conforto.

A série foi bastante criticada, mas os fãs de Woody Allen provavelmente vão adorar. São seis episódios de cerca de vinte minutos, que juntos formam praticamente um filme de duas horas e meia. Nos diálogos, Woody Allen sempre acerta nas piadas inteligentes. Um mestre da escrita. Ele critica os extremismos políticos com piadas que não causam mal estar, são bastante digeríveis até para todos os gostos.

A história se passa nos anos 60, mas é bastante atual. Dá para associar com fatos novos da política tranquilamente. Uma série carismática e leve.

3- The Marvelous Mrs. Maisel

Essa série se passa nos anos 1950 e nossa protagonista, Midge Maisel é a típica dona de casa que faz de tudo para que seu casamento seja perfeito. Sempre com aparência impecável e o jantar pronto, ela chega a mimar o dono de um bar de stand up com pratos de comida para conseguir encaixar seu marido, Joel, na programação para que ele realizasse seu sonho de se tornar um comediante.

Ambos são de famílias judias em Manhattan e o casamento parece perfeito aos olhos da sociedade, até que inseguro por ser um fracasso no stand up, Joel começa a ter um caso com sua secretária. Se sentindo fracassado naquilo que mais sonha, ele deixa Midge. No entanto, é justamente nessa situação de revolta e abandono, que Midge se arrisca no palco onde Joel fracassou como comediante e descobre ter talento para a coisa.

O bar Gaslight se torna o local onde Midge coloca para fora seus problemas conjugais, familiares e fala tudo o que uma dona de casa nada comportada falaria. Um talento nato para a comédia é descoberto e, também, uma amizade com Susie Myerson, gerente do Gaslight que se torna sua agente.

No decorrer dos episódios, Midge vai saindo completamente do padrão de mulher comum para época e descobre ser muito mais que uma dona de casa perfeita: ela agora é uma mulher independente e com muita opinião. E o melhor, ela sabe opinar com muito humor.