Goiânia registrou entre 2022 e 2023 (até a primeira quinzena de agosto) 334 vítimas fatais no trânsito. Desse total, conforme levantamento da Delegacia Especializada em Investigação de Crimes de Trânsito da capital (DICT), 199 (59,5%) eram motociclistas. O ano mais letal para a categoria, até o momento, foi 2022.

No decorrer dos 365 dias, a especializada contabilizou 200 mortes no trânsito, sendo que 120 (60%) eram condutores ou passageiros de motos. Este ano, por outro lado, foram registradas 134 vítimas fatais. Entre as mortes, 79 (58,9%) estavam sobre o veículo de duas rodas. 

O delegado Hellyton Carvalho explica que o alto número de motociclistas é um dos fatores que colocam o condutor no topo das vítimas fatais. Conforme o Departamento de Trânsito de Goiás (Detran), as motos representavam 21,1% dos mais de 4,5 milhões de veículos no estado.  

“O motociclista é mais vulnerável à segurança. Qualquer acidente envolvendo a categoria, por mais simples que seja, pode vir a ser fatal. A imprudência é outro fator. Ao andar por Goiânia no horário de pico é possível observar que os motociclistas, em sua maioria, não respeitam as leis de trânsito”, afirmou.

Prevenção 

Entre as principais infrações, conforme Hellyton, estão o excesso de velocidade e o desrespeito com as sinalizações e semáforos. O delegado diz ainda que uma fração dos acidentes também são provocados pela má conservação das vias, mas que majoritariamente as mortes são em decorrência do desrespeito do motorista. 

“Há situações que fogem do nosso controle, mas de modo geral, para não ser uma vítima, basta que o indivíduo siga as normas de trânsito. O indivíduo observando atentamente o seu dever de cuidado na condução de um veículo automotor, ele tem tudo para não vir a ser vítima de uma fatalidade”, concluiu.