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A Polícia Civil investiga dez contratos da Fundação Muni­ci­pal de Esportes e Lazer (Fun­des­­portes) assinados em outubro de 2014, durante o período eleitoral. O delegado Guilherme Rocha, responsável pelas investigações, afirma que o esquema causou um rombo de R$ 3 mi­lhões. Segundo ele, a Fun­da­ção re­passava dinheiro a federações es­portivas do Estado, mas o re­cur­so era destinado a empresas fan­tasmas.

Nove dos alvos da operação Jo­go Limpo, que investiga o es­que­ma de corrupção no esporte em Palmas, continuam presos na capital. A Polícia Civil informou que liberou outros 13 suspeitos por­que eles deram todas as in­for­mações necessárias para as in­vestigações e não apresentavam risco para a operação.

O caso começou a ser investigado há cerca de seis meses, após um pedido do Ministério Público Estadual. O delegado explicou que o chamamento público envolve 40 contratos. Destes, dez são alvos da operação. O delegado explicou que, nor­malmente, um contrato é con­cluído em 90 dias, mas que nesse caso, a fundação levou me­nos de quatro dias para repassar o dinheiro às federações.

Dos recursos que as entidades recebiam, cerca de 90% eram destinados a empresas de fa­chada. Sete delas estão sendo in­vestigadas, sendo que só uma realmente existe. As outras não possuem sequer uma sede. “Um exem­plo é uma associação de ar­tes marciais que recebeu quase R$ 300 mil e simulou que pagou a uma empresa. Ela recebeu 200 qui­monos, centenas de luvas de bo­xe, sendo que ninguém aqui em Palmas recebeu esses equipamentos. Nem sequer o evento des­sa associação teve esse número de pessoas”, explicou o delegado.