Polícia Civil confirma esquema criminoso na Fundesportes

03 março 2018 às 12h59
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A Polícia Civil investiga dez contratos da Fundação Municipal de Esportes e Lazer (Fundesportes) assinados em outubro de 2014, durante o período eleitoral. O delegado Guilherme Rocha, responsável pelas investigações, afirma que o esquema causou um rombo de R$ 3 milhões. Segundo ele, a Fundação repassava dinheiro a federações esportivas do Estado, mas o recurso era destinado a empresas fantasmas.
Nove dos alvos da operação Jogo Limpo, que investiga o esquema de corrupção no esporte em Palmas, continuam presos na capital. A Polícia Civil informou que liberou outros 13 suspeitos porque eles deram todas as informações necessárias para as investigações e não apresentavam risco para a operação.
O caso começou a ser investigado há cerca de seis meses, após um pedido do Ministério Público Estadual. O delegado explicou que o chamamento público envolve 40 contratos. Destes, dez são alvos da operação. O delegado explicou que, normalmente, um contrato é concluído em 90 dias, mas que nesse caso, a fundação levou menos de quatro dias para repassar o dinheiro às federações.
Dos recursos que as entidades recebiam, cerca de 90% eram destinados a empresas de fachada. Sete delas estão sendo investigadas, sendo que só uma realmente existe. As outras não possuem sequer uma sede. “Um exemplo é uma associação de artes marciais que recebeu quase R$ 300 mil e simulou que pagou a uma empresa. Ela recebeu 200 quimonos, centenas de luvas de boxe, sendo que ninguém aqui em Palmas recebeu esses equipamentos. Nem sequer o evento dessa associação teve esse número de pessoas”, explicou o delegado.