Parlamentares e especialistas estudam marco regulatório dos jogos de apostas

Tramitam na Casa de leis mais de dez propostas sobre a legalização de bingos, cassinos, jogo do bicho, jogos pela internet e caça-níqueis

A regulamentação da indústria de jogos de apostas no País foi discutida por parlamentares e especialistas norte-americanos, na terça-feira, 17. Eles participaram de um debate realizado pela comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa o assunto. Tramitam na Casa de leis mais de dez propostas sobre a legalização de bingos, cassinos, jogo do bicho, jogos pela internet e caça-níqueis.

Para o vice-presidente da empresa norte-americana de resorts e cassinos Fertitta Entertainment, Tobin Prior, a legalização da atividade incentiva a criação de empregos e o mercado de turismo. Segundo ele, transparência legal e baixa tarifação podem ajudar a inserir o Brasil de forma “revolucionária e sustentável” no mercado de jogos.

Ele citou como modelo de negócio a adoção, pela África do Sul, de licenças limitadas na década de 1990. A iniciativa de regulamentação dos jogos impulsionou o turismo no país africano, que saltou de 5 milhões de visitantes em 1990, para 13 milhões, em 2012. “É uma grande oportunidade de crescimento econômico em tempos de crise”, ressaltou.

Membro titular desta Comissão, o deputado Cesar Halum (PRB) participou da audiência pública para debater o Marco Regulatório do Jogo no Brasil. “O objetivo é debater o mercado e a influência da aprovação desse projeto para o nosso país. Continuo acreditando nessa proposta, pois unido ao corte de gastos da máquina pública, pode ser a salvação da nossa economia, privando os brasileiros de sangrarem com o aumento descabido de impostos”, disse Halum.

Na próxima reunião, marcada para quarta-feira, 24, o colegiado vai ouvir especialistas na implantação de cassinos na região de Estoril, em Portugal.