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A deputada federal Josi Nunes (PMDB) usou a tribuna durante a sessão não deliberativa de debates da Câmara Federal para comentar as mudanças climáticas e suas consequências. “Entrou em vigor, no último dia 4, o Acordo de Paris, um pacto global de luta contra o aquecimento global. Os países que assinaram esse acordo se comprometeram a reduzir suas emissões de gases de efeito estufa para que as consequências do aquecimento não sejam tão desastrosas. Mas, o assunto que me traz a essa tribuna hoje, não é apenas esse acordo. E, sim, as consequências do aquecimento global que nós já estamos sentindo, pode se dizer na pele”, justificou.

Para a deputada, os reflexos das mudanças climáticas estão cada vez mais perceptíveis, principalmente no que tange à seca. “A escassez de água é um grande problema enfrentado por diversas regiões do Brasil, principalmente no período de seca, causado pela falta de chuva. Há alguns anos, na região Norte do Brasil, esse período de seca era bem delimitado. Chovia durante seis meses, e havia o período com falta de chuva por mais seis meses”, pontuou.

Ao citar o exemplo do To­cantins, a parlamentar lembrou que a região sudeste é a mais castigada pela falta de água, embora essa escassez esteja atingindo, também, outras regiões do Estado. “No Tocantins, passamos por um período de muita seca nos últimos anos, mas a cada ano está pior. Nesta época do ano, já deveria estar chovendo, mas infelizmente isso não está acontecendo. Nós temos visto pouca chuva e temperaturas elevadíssimas. No Estado, a região mais castigada pela seca é sudeste. No entanto, infelizmente, este não é um problema apenas dessa região. A seca é uma reclamação de vários municípios do Tocantins, de todas as regiões do Estado”, ressaltou.

A parlamentar destacou ainda, o trabalho realizado pelo governo estadual, por meio da Agência Tocantinense de Saneamento (ATS). “O governo do Estado, por meio desta agência, tem realizado o programa de combate à seca. Através do programa Água para Todos já foram entregues mais de 10 mil cisternas às famílias da região sudeste. Dessas, mais de 8 mil já foram instaladas, o que representa quase 75% do total. Entretanto, embora o governo estadual não tenha medido esforços para amenizar o sofrimento causado pela falta de água, as questões relacionadas à seca têm sido uma das principais demandas que chega até nós”, destacou.