Por fim, na quarta-feira, 25, foi a vez de dois antigos algozes dar um golpe de misericórdia. Durante a sessão realizada na Câmara Mu­ni­cipal de Palmas, os vereadores Mil­ton Neris (PP) e Rogério Frei­tas (MDB) denunciaram o que cha­mam de calote da gestão do ex-pre­feito Carlos Amastha. Segundo os parlamentares, a secretaria de in­fraestrutura não efetuou o pagamento de diversas faturas de 2017, à empresa responsável pela coleta de lixo, Valor Ambiental.

“É inaceitável uma prefeitura pas­sar do exercício de 2017 para 2018, com dinheiro em caixa, e não pagar os fornecedores. Estou fa­­lando de contratos contínuos, em­­presa que realiza a coleta de lixo na nossa cidade. Já estamos caminhando para o mês de maio e até agora o município não pagou em­pre­sas que prestaram serviço no ano passado. Isso é calote. A sociedade vai ser prejudicada por que as em­presas vão parar o serviço, os ca­minhões de lixo vão parar”, dis­se Milton Neris.

Ele ainda salientou que empresas que prestam serviço no Aterro Sa­nitário de Palmas também estão sem receber por serviços executados no ano passado. “Até agora as em­presas que prestam serviço co­mo a locação de máquinas ou produtos para manter o aterro sanitário estão sem receber faturas de ou­tubro a dezembro. O resto a pa­gar do exercício de 2017 até agora não foi pago. E há faturas deste ano sendo pagas. Qual é o problema? Existem irregularidades, erros, falhas nesses processos? Por que não pagou? Quer ser governador dando calote no setor produtivo”, disparou.

Ao se pronunciar na tribuna, o ve­reador Rogério Freitas também in­vestiu contra o ex-gestor: “O Amas­tha não me causa estranheza, sa­bemos o modus operandis do ex-prefeito de Palmas, que é ma­lan­dro e caloteiro. A prefeita tem que desalojar a quadrilha que tem aí na prefeitura”. Freitas ainda sa­li­en­tou que os contratos contínuos de­vem ser medidos e pagos mensalmente, segundo o acórdão do Tri­bunal de Contas do Estado. “Ire­mos ao Ministério Público de Con­tas por que existe um calote em curso na cidade de Palmas. O que não se pode fazer é ter recurso assegurado no orçamento para fazer os pagamentos mensais e o dinheiro sumir para a campanha política de Carlos Amastha”, afirmou.