Amastha consegue adiar depoimento na PF
23 novembro 2016 às 08h27

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Prefeito alegou que seu comparecimento para o depoimento em Palmas seria tratado como fato político

Dock Júnior
A “Operação Nosotros”, comandada pela Polícia Federal – que apura fraude na ordem de R$ 260 milhões para a construção do BRT – teve novo andamento. O depoimento do prefeito de Palmas Carlos Amastha (PSB), marcado para terça-feira, 22, foi suspenso pelo juiz federal Klaus Kuschel, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), em Brasília.
A defesa do gestor requereu que o depoimento dele fosse colhido em Brasília, sob a alegação que se Amastha prestasse o depoimento em Palmas, ocorreria um risco de exploração política diante do fato. A defesa também fez menção à possibilidade de manifestação de populares na frente da delegacia. O judiciário suspendeu o depoimento, todavia, não decidiu onde o prefeito fará os esclarecimentos.
O gestor municipal foi procurado no dia 10/11 pela Polícia Federal em seus dois endereços, para ser conduzido coercivamente, contudo, quando a polícia deflagrou a operação, Amastha estava em viagem para a Europa participando de um encontro de prefeitos. Mesmo na sua ausência, a PF fez buscas nas duas residências e apreendeu R$ 180 mil. Quando retornou à capital tocantinense, no sábado, 19, ele havia divulgado que iria se apresentar, espontaneamente, na terça-feira, 22, o que não ocorreu, face à decisão judicial.